sábado, 30 de outubro de 2010

O PAPEL DO MESTRE DE CERIMÔNIAS

com Gilda Fleury Meirelles

Nascido em tempos remotos, a figura do Mestre de Cerimônias se confunde com a história do cerimonial.

Rituais, cerimônias faziam parte da rotina do homem primitivo. Temor ao desconhecido, necessidade de acreditar em algo, solidão, disputa pelo poder, tudo se transformava em cerimônias de adoração, de oferta.

Nobres à frente, súditos atrás, assessores ao lado, o anunciador dessas solenidades estava sempre em destaque. Era o início da figura do Mestre de Cerimônias.

Encontramos sua presença entre os gregos, três mil anos a.C., anunciando as fases das reuniões que aconteciam nos anfiteatros. Mil anos a.C., a China e o Japão utilizavam o Mestre de Cerimônias, para a narração dos torneios de arco e flecha. Já nessa época, ele utilizava a força e ritmo da voz para destacar as equipes mais importantes, calcado num conceito de poder e nobreza.

Na Roma antiga, ele surge na figura do chefe dos trombeteiros que, sobre seu cavalo, após o toque das trombetas, anunciava a passagem do Imperador ou as medidas reais como aumento de taxas, maior submissão, proibições e sanções.

Em nossa era, ele aparece na figura do arauto. Vestido de acordo com os costumes da época, anunciava a entrada dos convidados em festas da nobreza batendo três vezes um bastão sobre um batente, produzindo um som alto e seco.

Assim, foi se firmando a figura do Mestre de Cerimônias. Sempre em posição de destaque, iniciando e conduzindo as fases de uma solenidade, hoje diríamos que é uma das pessoas mais importantes para a implantação de um evento, pois a partir de sua presença "as coisas começam a acontecer".

Em hipótese nenhuma estamos desprezando os outros integrantes da organização de um evento - o coordenador do cerimonial, as recepcionistas, os operadores de equipamentos específicos, tradutores, manobristas, pessoal de serviços gerais. Cada um tem sua função específica na organização do evento.

Por isso, o Mestre de Cerimônias não deve ser confundido com o Chefe do Cerimonial . E isso é o que vemos sempre, resultando num acúmulo de funções para este último e comprometendo o sucesso do empreendimento.

O Chefe do Cerimonial ou Coordenador de Eventos é responsável pelo planejamento, coordenação e organização do evento, em todas as suas fases, além do protocolo de implantação com as precedências e tratamentos de acordo com a legislação específica, planejando o roteiro da solenidade.

Neste momento, entra o Mestre de Cerimônias que, a partir desse roteiro, produzirá o script final, anunciando as fases do evento.

É impossível para o Chefe do Cerimonial ser o Mestre de Cerimônias, pois o primeiro tem tantos detalhes para verificar que necessitaria, volta e meia, sair da tribuna para resolver os percalços que acontecem durante um evento. Esse corre-corre resultaria em uma ansiedade natural, comprometendo a fase mais bela do evento: a sua implantação.

Quem deve ser o Mestre de Cerimônias? Quais características precisa ter?
Precisa de conhecimento, treinamento e aperfeiçoamento de sua função; necessita saber o que faz, como sair de imprevistos, como se dirigir e conquistar a platéia, sem aparecer. Sim, sem aparecer, porque mesmo conduzindo o acontecimento, existem os anfitriões, os convidados especiais, os conferencistas e a platéia. São esses os donos do evento.

Vaidade, prepotência e arrogância não fazem parte da função do Mestre de Cerimônias. Também humildade excessiva, timidez, medo do público e pânico não combinam com ele.

Diz o estudo da oratória que para o bom orador "não adianta apenas falar com elegância, é preciso persuadir e convencer". E conta ainda que, "a diferença entre os dois maiores oradores que o mundo conheceu, Demóstenes e Cícero (Roma, ano 106 a.C.); quando Cícero discursava o povo exclamava: 'Que maravilha', e quando Demóstenes falava, o povo seguia em marcha.

É isso que o bom Mestre de Cerimônias precisa ter: determinação e entusiasmo, que convençam a platéia que está apresentando aquilo que corresponde às suas expectativas, complementados por clareza e objetividade, utilizando acima de tudo, aquilo que temos de mais forte: o dom da palavra.


 
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

REFLEXÕES AO PÁLIO

Irm Erly de A. Castro

O tema merece comentários úteis a todos os maçons. Temos como primeira premissa o entendimento de que somente Mestres Fazem parte do cortejo e formação do Pálio, devidamente revestidos de suas insígnias e munidos de suas ferramentas.

Dentro da simbologia maçônica, Mestre é aquele que não guarda para si, mas procura repassar a todos os seus conhecimentos, pois já superou as iniciações regulamentares e, de mente livre, conseguiu captar a sublime beleza da nossa simbologia, ora representada pelos doze instrumentos guardados no interior das colunas, através da meditação, da harmonização e da intuição, passando a ser conhecido e chamado por Irmão Bom-Senso.
Dá morada à amizade, ao desinteresse, à harmonia e à confiança, como também à fraternidade e ao respeito, em louvor à caridade na convivência com o amor e o bem, pois a paciência lhe confere sonhos maravilhosos com o futuro e o compele a conviver com a paz e a ventura, que dependem da providência, aliada ao ideal e esperança sem se olvidar da vigilância. Sendo Mestre, abrem-se-lhe várias portas e dependerá dele não apenas se apresentar aos cargos que poderão ser-lhes deferidos, mas demonstrar o interesse e a disposição para os executar, pois somente assim, com o passar do tempo e das colheitas reconhecidamente positivas é que poderá continuar sonhando e galgando fronteiras maiores.
Entre estas fronteiras destaco, a princípio, o cargo de Mestre de Cerimônias, para início das reflexões.
De Cerimônias porque compete a ele não apenas a recepção e encaminhamento dos irmãos ou profanos, aos seus lugares, quando lhes forem conferidas estas faculdades, como também e principalmente, a preparação do cerimonial, aferindo a mais perfeita composição do Orbe Terrestre, com reflexos no Orbe Universal, propiciando assim o início das atividades, com a sagração do Templo.
É, pois, o Mestre de Cerimônias o introdutor afável dos obreiros e visitantes, e tem por instrumento, em virtude do respeito e imponência do seu cargo, "um Cajado evocando a posição de um pastor e condutor de rebanhos", e como jóia uma Régua. Deve-se manter sempre atento à execução das ordens do Venerável Mestre, para que a liturgia se processe eficientemente, sendo, portanto, um verdadeiro diplomata que dispõe e livre circulação para o pleno exercício de suas funções.
Exerce o Mestre de Cerimônias salutares influências na movimentação de todo o Orbe Maçônico, vez que representa ele o planeta Mercúrio, o Deus veloz e astuto; circulando pelo Templo, como elemento de ligação, imita ele o planeta que mais rapidamente circula em torno do Sol.
Corresponde a Hermes - "Mercúrio dos Romanos", mensageiro dos deuses olímpicos, já que é o mensageiro dos dirigentes da Loja e, portanto, figura potencial do "Gênio" que demonstrará o mais perfeito e completo conhecimento do formalismo maçônico.
Coadjuvando o Mestre de Cerimônias, encontramos os Diáconos, elementos de ligação das Luzes, identificados como "Os Querubins", anjos da primeira hierarquia.
Em suas funções, estão eles revestidos por uma Pomba com asas abertas, emitindo a idéia de comunicação como base para bons entendimentos, indicando elas a natureza litúrgica da função destes oficiais da Loja. Na antiguidade, os pombos eram usados como mensageiros para longas distâncias, dada a inexistência de outros meios de comunicação.
Representam assim estes querubins os estafetas das principais luzes da oficina, encarregados que são de manterem a ordem nas Colunas, conduzindo a palavra, as pranchas e qualquer assunto ou documento reservado e de interesse da Ordem.
Mestre de Cerimônias e Diáconos, com suas jóias e ferramentas de trabalho - o bastão encimado pelas suas insígnias - demonstram o Cetro Patriarcal do gênio, com o perfeito e completo conhecimento do formalismo maçônico, somente adstrito aos mestres maçons.
Encontramos assim a segunda premissa, que nos leva ao entendimento de que somente revestidos de suas jóias e munidos de suas ferramentas é que estes oficiais ficam investidos nesta posição patriarcal de "gênio". Vejamos, pois, um pouco sobre as jóias e ferramentas para melhor entender a importância desta união de mestres, jóias e ferramentas de trabalho na formação do Pálio.
A pomba, jóia dos Diáconos, pode ser interpretada como uma das pombas enviadas por Noé; é o símbolo da conciliação com o GADU, mas também o símbolo da Paz, da simplicidade e da pureza que, encimando o bastão, conferem a qualidade de mensageiros. A jóia do segundo Diácono é uma pomba em vôo livre e a do primeiro uma pomba inscrita num triângulo com um ramo no bico.
A ferramenta de trabalho das “luzes menores", os Diáconos e Oficial Mestre de Cerimônias, são comuns e ocupam lugar de destaque em todas as cerimônias ritualísticas através dos tempos, portada por reis e autoridades como símbolo e insígnia de poder.
Na formação do Pálio estão presentes dois anjos da primeira hierarquia, os Querubins e mensageiros. O segundo Diácono é aquela pomba que, não voltando à origem, sacrificou a própria vida para manter a harmonia da coluna de sua responsabilidade; o primeiro Diácono representa a pomba que voltou de seu vôo com um ramo no bico, demonstrando domínio sobre um todo completo: água, fogo, ar e terra, domínio este que lhe advém do triângulo ao qual a pomba está circunscrita, mas, também, cooperando com a salvação daqueles que precisariam desembarcar em terra firme; unidos a estes querubins, ininterrupta e diuturnamente, encontra-se aquele que responde pelo infinito e pela moralidade, o Mestre de Cerimônia.
Pelas faculdades que lhe são peculiares, o Mestre de Cerimônia se dirige ao Oriente pelos degraus da Força, Trabalho, Ciência e Virtude, e de lá, como íntegro guardião, conduz àquele que mais do que nós, tem pleno domínio destas verdades, o PastMaster mais recente, que é, simbolicamente, o Sumo Sacerdote ou Abrão, o pai de todos os pais, para evocação do GADU, com a abertura do Livro da Lei, possibilitando a integração dos Orbes Terrestre e Celeste.
Postado o Past-Master à frente do Altar dos Juramentos, simbolizando o Altar dos Holocaustos do Templo de Jerusalém, em que o Sumo Sacerdote adentrava apenas uma vez por ano, na época das abluções e oferendas aos deuses em busca de paz e perdão, forma-se sobre sua cabeça, pelo levantamento e cruzamento dos bastões em suas extremidades, uma pirâmide triangular.
O bastão do Mestre de Cerimônias é a viga-mestra; sobre ele e à sua esquerda, na coluna do norte, o bastão do primeiro Diácono; à sua direita, na coluna do sul, o do segundo Diácono. Temos assim total cobertura ao "Sumo Sacerdote".
Simbolicamente, essa pirâmide triangular reporta-se ao Tabernáculo das Escrituras, que era de fato um templo portátil que continha dentro um lugar mais sagrado e secreto do que os outros, denominado Santo dos Santos ou Santo Sanctorum. A princípio e nos mesmos moldes do Tabernáculo, para a Maçonaria especulativa qualquer local poderia ser transformado em Loja Maçônica, bastando traçar no assoalho, dentro de um paralelogramo, com giz ou carvão os símbolos maçônicos. Mais tarde, serviram-se os irmãos de telas ou tapetes pintados, que eram estendidos no chão, precedendo ao início das reuniões, símbolos estes reproduzidos em nossos Templos, no painel da Loja.
Ao anunciar que a loja está composta e aguarda ordens, o Mestre de Cerimônia relembra o GADU concluindo a obra do mundo, nele criando os seres aptos para a formação da Pirâmide Triangular e para a abertura do Livro do Universo. Este é um ato litúrgico de suma relevância, realizado sob a égide do triângulo, que representa o deslocamento do Delta Luminoso para o Altar dos Juramentos e o Livro da Lei, representação do Olho da Providência.
Com a formação da Pirâmide Triangular e conseqüente abertura do Livro do Universo, aptos irão se encontrarem os maçons para a elevação ao Triângulo Luminoso, por intermédio da Escada de Jacó, composta pelos seus três lances que simbolizam a Fé, a Esperança e a Caridade, complementados pelos degraus da Virtude, da Temperança, da Prudência e da Justiça.
Em síntese, para a formação do Pálio necessário se faz o mais perfeito equilíbrio na harmonização e união dos conhecimentos do Mestre, unidos à agilidade do deus veloz e astuto e de seus querubins, objetivando serem reconhecidos como a figura patriarcal do "Gênio", pois somente assim estarão aptos à formação da Pirâmide Triangular.
O Sumo Sacerdote, aquele que já passou pela cadeira do Rei Salomão, tem como jóia um Esquadro sob o Compasso, num arco de círculo que possui ao centro o Sol e o Olho Onividente, ou mesmo um esquadro tendo suspenso em sua parte interna um emblema representando a 47ª Proposição de Euclides, significando que o ex-Venerável deve ser totalmente livre das paixões humanas para levar a luz aos seus irmãos através da sabedoria, com descortino e equilíbrio.
Formada a Pirâmide Triangular, o Sumo Sacerdote abre o Livro do Universo, recebendo assim a luz divina que dele emana, permanecendo sob as influências de um poder iluminativo, louvando o GADU com a leitura de uma passagem alusiva ao grau respectivo, reïterando todos os irmãos os seus juramentos pela saudação, como que pedindo perdão pelas possíveis faltas e erros cometidos, consagrando o Templo pela bateria que, agitando o ar, afasta tudo o que poderia ainda subsistir de profano.
Cria-se um novo ambiente para a devida aclamação da presença do GADU entre nós, "com a colocação do esquadro e do compasso sobre o livro da lei - olho da Providência, formando-se então, com base na Pirâmide Triangular, a escada de Jacó que nos levará à Estrela de Sete Pontas, que é a representação daqueles que atingiram a perfeição humana, comandados pelo Venerável Mestre, a quem cabe derramar do seu Trono a paz e a concórdia, em benefício dos irmãos e da Ordem Maçônica.

Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A INICIAÇÃO REAL


Irmão José Inácio da Silva Filho
Pesquisa Ir.: Jaime Balbino de Oliveira

A Maçonaria adquiriu o seu aspecto iniciático a partir do século XVIII. A singela recepção das Lojas operativas foi transformando-se, o ritual foi enriquecendo-se e complicando-se a Liturgia, durante todo o século XIX, até chegar à Iniciação Maçônica atual com o seu brilhante cortejo simbólico.


Na verdade, o que a Ordem Maçônica pretende, através da Iniciação, é dar ao iniciado uma responsabilidade maior não somente como ser humano com vida espiritual, mas também como homem e cidadão. E isto os antigos o faziam por meio de ritos iniciáticos. Os iniciados eram submetidos a exercícios mentais e intelectuais e, pela meditação e a concentração, eram conduzidos paulatinamente ao despertar de uma vida interior intensa e, assim, a uma compreensão melhor da vida.

Diz ARYAN, na introdução ao Livro "La Masoneria Oculta Y la Iniciacion Hermética", de J. M. Ragon, que "os ritos não teriam nenhuma utilidade se os seus ensinamentos caíssem como água numa ânfora quebrada. O seu objetivo consiste em relembrar ao iniciado que deve dar cada vez mais predomínio à vida interior do que à atração dos sentidos. A promessa do Maçom de ser bom cidadão, de praticar a fraternidade não quer dizer outra coisa. Diodoro da Sicília dizia que "aqueles que participavam dos Mistérios tornavam-se mais justos, mais piedosos e melhores em tudo". Por isto, o primeiro passo da vida iniciática é a entrada em câmara ou cripta onde hão de morrer as paixões, para que o aspirante possa ser admitido no reino da Luz. Como dizia, faz séculos, Plutarco: "Morrer é ser iniciado".

Há duas espécies de iniciação: a REAL e a SIMBÓLICA. A primeira, segundo escreve A. Gédalge no "Dicionário Rhea", é o resultado de um processo acelerado de evolução que leva o Iniciado a realizar em si mesmo o que o homem atual deverá ser num futuro que não pode ser calculado. A segunda é apenas a imagem da iniciação real.

Referindo-se à Iniciação Simbólica, o Manual de Instrução do primeiro grau da Grande Loja de França, citado por PAUL NAUDON em "La Franc-Maçonnerie et le Divin", assim se expressa: "Os ritos iniciáticos não têm nenhum valor sacramental. O profano que foi recebido Maçom, de acordo com as formas tradicionais, não adquiriu só por este fato as qualidades que distinguem o pensador esclarecido do homem ininteligente e grosseiro. O cerimonial de recepção tem valor unicamente como encenação de um programa que importa ao Neófito seguir, para entrar na posse de todas as suas faculdades."

Pela iniciação simbólica, segundo o sentido etimológico dado por JULES BOUCHER, no livro "Simbólica Maçônica", o "iniciado" é aquele que foi "colocado no caminho".

PAUL NAUDON, em "La Franc-Maçonnerie", referindo-se à iniciação simbólica, assim escreve: "O objetivo da iniciação formal é conduzir o indivíduo ao Conhecimento por uma luminação interna. É a razão pela qual a Maçonaria usa símbolos para provocar esta luminação por aproximação analógica.

"Vemos assim que "os verdadeiros segredos da Maçonaria são aqueles que não se dizem ao adepto e que ele deve aprender a conhecer pouco a pouco soletrando os símbolos". Não existe nisto nenhum incitamento à pura contemplação interior, à êxtase, ao misticismo...
"Cabe ao neófito descobrir o segredo. "Dentro da noite das nossas consciências, há uma centelha que nos basta atiçar para transformá-la em luz esplêndida. A busca desta Luz é a Iniciação".

"Nesta marcha ascensional em direção à Luz, onde a via intuitiva parece primordial é evidente que a razão não pode ser afastada. Em todos os ritos, a Maçonaria invoca sem cessar. É a lição dos símbolos, entre outras a do compasso, que se aplica particularmente ao Volume da Lei Sagrada, símbolo da mais alta espiritualidade, à qual aspira o Maçom."

Estas idéias e pensamentos têm o objetivo fraterno e leal de incutir nos recém iniciados o verdadeiro espírito maçônico; de faze-los ver da responsabilidade assumida perante a família dos Irmãos conhecidos e desconhecidos espalhados pelo orbe da terra.

Que todos nós, indistintamente, aprendamos a conhecer o espírito maçônico
afastando-nos da falsa ciência e do sectarismo, combatendo e esclarecendo todo cérebro denegrido pelo obscurantismo para que possamos nos tornar dignos de ser uma destas Luzes ocultas que iluminam a humanidade.

Os verdadeiros sinais porque se reconhece o Maçom não são outros senão os atos da vida real, já nos ensinava o Irmão Oswald Wirth. O Maçom há que agir eqüitativamente como homem que cuida de se comportar para com outrem como deseja que se proceda a seu respeito. O Maçom distingue-se dos profanos pela sua maneira de viver; se não viver melhor que a massa frívola ou devassa, a sua pretensa iniciação na arte de viver revela-se fictícia, a despeito das belas atitudes que finge.

Esforcemo-nos para que sejamos reconhecidos não pelo toque, pelo sinal ou pela palavra, mas por nossas ações no âmbito maçônico, social e profissional. "Sejamos homens de elite, sábios ou pensadores, erguidos acima da massa que não pensa", porque somente desse modo é que poderemos alcançar a iniciação real.

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A PAZ

Queremos apresentar uma peça de arquitetura, que consiste em uma mensagem de autor anônimo, encontrada numa igreja de Baltimore, na Inglaterra em 1692, intitulada: - “ A PAZ”.

“ No meio da precipitação urbana, lembrem-se que a paz talvez se encontre no silêncio. Faça um esforço honesto e continuado para se dar com todos. Fale a verdade claramente, mais com a brandura, e ouça os outros, mesmo os ignorantes e sem brilho; eles terão igualdade as suas histórias para contar. Evite as pessoas agressivas, que falam alto, pois trazem constrangimento ao espírito. Se você se comparar aos demais, poderá tornar-se vaidoso ou amargo, pois existirão sempre os que estão pior ou melhor que você na vida. Saiba apreciar as suas próprias realizações, seus planos.

Tome gosto pela carreira. Por mais humildade que ela seja, é o único bem verdadeiramente seu. Trate seus negócios com muito cuidado, pois o mundo está cheio de espertos, mas não endureça o seu coração e saiba descobrir o lado bom das pessoas. Ainda há idealistas neste mundo, e por toda parte encontramos atos de heroísmo. Seja você mesmo, sobretudo não finja amizade, nem ponha cinismo no amor. Apesar de tudo o que se diz por aí, o amor ainda é eterno. Aceite com doçura o conselho dos anos e saiba renunciar aos hábitos próprios da juventude. Mantenha o espírito galvanizado para agüentar as surpresas da vida, mas não se aflija com imaginações. O me do nasce do cansaço e da solidão. Acima de qualquer autodisciplina, seja generoso com você mesmo; você é folha do Universo tanto quanto as árvores e as estrelas e tem todo o direito de estar aqui. E embora isso lhe pareça mais claro, o certo é que o velho Universo está se desdobrando por sua causa. Portanto, esteja em paz com Deus ou com o que você chama de Deus (G.·.A.·.D.·.U.·.). E por mais agitadas e extenuantes que sejam as suas atividades neste planeta, entre barulhentas confusões e aspirações da vida, procure conservar paz de espírito. Porque, apesar de tudo o que anda acontecendo por aí afora, este nosso mundo ainda é ótimo. Você só precisa ter cuidado e fazer o seu esforço diário para ser feliz”.
Após a leitura desta mensagem, reafirmo, meus Iir.·., cada maçom tem o dever indeclinável de pugnar pela paz; custe o que custar. Esta sempre foi uma das maiores lutas da Ordem. Tal virtude é uma das mais poderosas vigas mestras da nossa Sublime Instituição.

Finalmente, alertamos aos IIr.·., que pelo fato dos homens não permitirem que pouse, é que a Pomba da paz, permanece voando.

Ajude a encontrar pouso para ela; mesmo que seja em seu coração, ainda que só por alguns instantes.

E quando a vires pousada, por favor, não a espante, deixe que descanse, por que infelizmente o seu vôo ainda será muito longo, até que ela possa pousar no ápice da Terra , finalmente , em PAZ.

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CHAMAMENTO À FRATERNIDADE



Como é sabido o Grupo Maçônico Orvalho do Hermon destina-se aos debates de assuntos relevantes para a maçonaria universal.

É um Fórum de discussão formado, exclusivamente, por Maçons, não importando de qual Potência ou Rito seja o Irmão.

É um Grupo que prima pela qualidade e respeita sempre os princípios pregados pela Maçonaria Universal.

A privacidade do Grupo é mantida por "moderação", porém, trata-se de um Grupo fechado, de caráter privado e informal, respondendo, cada um, pessoalmente, pelo uso que fizer deste fórum de debates maçônicos.

Para o crescimento, com a qualidade desejada, contamos sempre com a ajuda dos nossos Irmãos/Associados, recomendando outros Irmãos que tenham interesse em debater e contribuir com os ensinamentos maçônicos.

"LOUVADA SEJA A MAÇONARIA QUE NOS FEZ IRMÃOS"

Aos Irmãos espalhados por todos os recantos da Terra, sem preocupação de fronteiras e de raças.

Um T.•.F.•.A.•., Eu Sou,
Sincero e Fraternalmente,

Hugo R. Pimentel

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro – RJ – Brasil

sábado, 16 de outubro de 2010

MAÇONARIA NA INCONFIDÊNCIA MINEIRA



Muito se tem falado sobre a participação da Maçonaria no movimento pela independência do Brasil, a Inconfidência Mineira. Pesquisadores e historiadores têm-se baseado em documentos oficiais, assim como algumas obras de autores conceituados, brasileiros e portugueses. Alguns historiadores, principalmente aqueles que se especializaram na história do Brasil, insistem em ignorar a influência da Maçonaria no Movimento Mineiro.

Na verdade a Maçonaria contribuiu significativamente não só com o movimento de Minas, mas em todos os capítulos que culminaram com a nossa independência. Como tenho citado, na época do movimento, a maçonaria era uma sociedade secreta e clandestina, não admitida em território brasileiro, assim como na Metrópole. As Lojas Maçônicas eram proibidas de funcionar e seus membros perseguidos e presos pelo crime de pertencer a tal ordem. Já naquela época existia o jeito brasileiro de resolver as coisas, ou seja jeito de dar legalidade à coisas proibidas.

Partindo de Tomaz Antônio Gonzaga e José Álvares Maciel, as iniciativas para arregimentação de adeptos à causa, contou com a fundação de Lojas em Minas, Rio de Janeiro e São Paulo, onde se faziam reuniões e traçavam-se planos para a rebelião. Naturalmente essas lojas, apesar de reunir somente maçons não tinham título de Lojas Maçônicas. Eram sociedades Literárias. Academias, Aerópagos e Arcádias Literárias, como afirmado no livro do historiador Antonio Augusto de Aguiar - A Vida do Marques de Barbacena - página 7: "organizou Álvares Maciel sociedades em Minas Rio de Janeiro e São Paulo, com intuito de por meio delas fazer a propaganda das idéias e preparar elementos, que na hora oportuna, fizessem a revolução". E confirmado pelo também historiador Gustavo Barroso em uma das suas obras: "Em Vila Rica, sede do governo da capitania, havia uma roda de homens cultos, participantes de uma arcádia literária, a qual facilmente se tornaria o centro diretor de qualquer momento de idéias a se objetivar em ação. Tornou-se com efeito, e envolto em tanto mistério, que mal sabiam os conjurados do que nele se tratava, nem ao certo as pessoas que se compunha".

Já nos preparatórios para a independência, vários fatos, de importância significativa, foram planejados e levados a efeito pela Maçonaria, como o FICO a criação dos Conselho dos Procuradores , o Juramento da Constituição. Movimentos estes que tiveram à frente Joaquim Gonçalves Ledo e seu grupo. Não obstante, vários historiadores têm afirmado a incontestável presença da Maçonaria na nossa Independência.

A INCONFIDÊNCIA MINEIRA
Desde os primórdios de nossa história, constatamos a insatisfação do nosso povo com o jugo português. A exploração do homem levada pela cobiça insaciável de Portugal que tinha o nosso território como uma mina, de onde se extraia todas as riquezas que eram transportadas para a Metrópole. Muito se falava em independência naquela época. Falava. Nada se escrevia.

Não se pode negar que a nossa independência teve a sua origem no movimento iniciado no arraial do Tijuco - hoje Diamantina - que rapidamente se ramificou em todo território brasileiro. Posteriormente alcançou seu ponto alto de realização em Vila Rica - hoje Ouro Preto - que na época era a sede da Capitania de Minas Gerais.

A Inconfidência Mineira à qual só foi dada importância quando descoberta, foi, sem nenhuma dúvida, o movimento libertador do Brasil e desopressor mineiros tão explorados e extorquidos pelos portugueses. Foi um movimento com idéias importadas da França, onde alguns jovens brasileiros completavam seus estudos, principalmente na universidade de Montpellier, onde tinham o primeiro contato com a Maçonaria. Nas centenas de Lojas em território francês, era pregado a Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Nessas Lojas planejou-se a Revolução Francesa e discutiu-se amplamente a libertação dos mineiros e do Brasil. Tenónio D'Albuquerque, historiador mineiro, em uma das suas obras, menciona: "Não é apenas infantilidade e sim estultice, e sim obstinação ocorrente de fanatismo, negar-se a reconhecer na INCONFIDÊNCIA MINEIRA, um empreendimento maçônico. É bastante atentar-se na sua bandeira, nos seus objetivos: LIBERDADE, IGUALDADE, pela educação do homem com a criação de sua universidade, e fraternidade pela união dos brasileiros em termos de um ideal supremo: a constituição de um pátria livre." E, na formação desse movimento é imprescindível citar a liderança de maçons, tais como: Álvares Maciel, Domingos Vidal Barbosa, José Joaquim da Maia,e outros mais, que se iniciaram na maçonaria, na Europa. José Álvares Maciel, Maçom iniciado na Europa, é considerado por todos os estudiosos o intelectual da Inconfidência Mineira. Álvares Maciel.

Álvares Maciel, nascido em VILA RICA, filho do guarda - mór da sede da capitania de Minas Gerais e de mãe mineira nascida em MARIANA, cursou a universidade de Montpellier então poderoso centro da irradiação da MAÇONARIA, onde deve ter ingressado na ordem maçônica a menos que já houvesse assim procedido em Coimbra, como ocorrera com outros estudantes brasileiros. Homem culto e idealista aceitou e cultivou imediatamente o princípio de Liberdade, Igualdade e Fraternidade da Maçonaria. Desde lá pensava ele na emancipação da sua pátria distante onde não havia Liberdade e predominava a escravidão e a exploração pelos portugueses contra o preceito de Liberdade, bem como na existência de justiça e onde a FRATERNIDADE não era praticada, haja visto os suplícios impostos aos brasileiros. Com o desejo de ver a pátria livre, retorna Álvares Maciel ao Brasil, após empreender longas viagens e vários contatos com outros maçons como o venezuelano Francisco Miranda, maçom exemplar que havia contribuído com a independência de países latino-americanos, através da Loja Grande Reunião americana, por ele fundada em Londres.

E escreve historiador JOAQUIM NORBERTO na sua obra: "História da Conjuração Mineira" - volume 1 - Página 81: " Vinha o jovem Maciel de países livres, onde adquiria instrução e onde fora iniciado nos mistérios da MAÇONARIA". Após seu regresso, juntamente com estudantes brasileiros que também retornavam, empolgados pela ação humanitária e fraternal desenvolvida pela MAÇONARIA na Europa, no sentido de assegurar os direitos que dignificam o homem e na defesa da liberdade dos povos, cresce e se fortifica o movimento que mais tarde levou o nome de INCONFIDÊNCIA MINEIRA. No retorno de ÁLVARES MACIEL ao Brasil, ocorreu para a felicidade e consumação do sonho de LIBERDADE o "encontro da intelectualidade com a bravura" - os ideais do homem culto e idealista com o caráter forte e exaltado do miliciano que conhecia o verdadeiro significado da palavra Liberdade e converteu-se num seu soldado fervoroso - o alferes JOAQUIM José da Silva Xavier - O TIRADENTES.

Já que seus ideais eram idênticos, - um Brasil livre da escravidão, governado pelo seu próprio povo que faria suas próprias leis - estava concluída a principal fase da Inconfidência, conforme afirma o historiador Gustavo Barroso: "no Rio de Janeiro, TIRADENTES pusera-se em contato com um moço mineiro que regressava formado da Europa, o Dr. José Álvares Maciel, o qual segundo o depoimento de Domingos Vidal, estivera na Inglaterra, buscando apoio para o levante de Minas gerais."

A partir daí, novos adeptos foram surgindo e as suas idéias foram disseminadas nas sedes das principais Capitanias. Paralelamente aos acontecimentos que se desenvolviam no âmbito secreto das "sociedades" criadas por Álvares Maciel, caminhava Joaquim José da Silva Xavier - Tiradentes, com sua pregação cívica em prol da Liberdade. Homem simples, em comparação com aqueles que tiveram a oportunidade de estender seus conhecimentos nas universidades da Europa, nascido numa fazenda de Pombal entre São José (hoje Tiradentes) e São João Del Rei, Minas Gerais. O jovem Tiradentes não fez estudos regulares, aprendendo as primeiras letras com seu irmão Domingos. Órfão aos 11 anos, ganhou o mundo: foi mascate, minerador e dentista prático, Aliás, sua alcunha adveio na habilidade com que manejava o boticão e como diz um historiador, que o fazia "com a mais sutil ligeireza e ornava a boca de novos dentes, feitos por ele mesmo, que pareciam naturais". Daí a sua popularidade que se estendeu até o Rio de Janeiro.

Tendo ingressado na vida militar - pertenceu ao regimento de Dragões de Minas Gerais - o que lhe permitiu conhecer palmo a palmo todo o território da capitania e já no posto de Alferes como comandante de patrulhas, mostrou-se sempre um bravo e destemido miliciano, desempenhando missões difíceis, que lhe valeram elogios do governador. Entretanto a bravura e o destemor sempre demonstrados pelos "alferes", corriam pelo ar os pensamentos sólidos e alicerçados de Tiradentes, que com seu conhecimento do verdadeiro significado da palavra LIBERDADE, não se furtava em proclamá-lo, não só no território da capitania, mas também fora dele.

Obviamente, que o procedimento de Tiradentes, como miliciano que era, aos olhos da coroa, não eram bem vistos e ainda mais, por estar participando das sociedades secretas então já existentes, valendo-lhe em conseqüência, perseguições como suspensão do soldo, preterição nas promoções e outras, culminando com seu deslizamento das milícias mineiras.
Sim, nenhuma dúvida pode restar, de que as sociedades secretas das quais participava Joaquim José da Silva Xavier, nada mais eram que a maçonaria. Portanto, Tiradentes havia ingressado nos mistérios da maçonaria e conseqüentemente era Maçom. Aliás, vale a pena citar a esse respeito o que disse o historiador Joaquim Norberto em sua obra "História da Conjuração Mineira" - Tomo l - Página 96: "No dia 28 de agosto de 1.788 apresentou-se o alferes Joaquim José da Silva Xavier ao comandante do seu regimento, para dar parte de doente, pois com efeito chegara enfermo a Vila Rica. Reteve-o a sua enfermidade em casa pelo espaço de três meses, suspenderam-lhe o soldo e teve ele que recorrer ao empenho da amizade que contraíra na cidade do Rio de Janeiro com o Dr. José Álvares Maciel. Era este jovem parente do tenente-coronel de seu regimento - Francisco de Paula Freire de Andrade e foi fácil obter o que desejava o pobre alferes. Renovou Tiradentes a prática que tivera com o Dr. Álvares Maciel na cidade do Rio de janeiro e conseguiu ser, por intermédio da sua pessoa, iniciada nos mistérios da conjuração, que desde muito tempo se tramava em Vila Rica". Segundo alguns renomados historiadores, dentre os quais Tenório D'Albuquerque, possivelmente Tiradentes ingressara na maçonaria através de José Álvares Maciel, outros, contudo, admitem que José Joaquim da Silva Xavier, quando mascate se fez maçon na Bahia, numa das suas muitas viagens àquela localidade.

Tudo faz crer que tenha sido iniciado em Minas, isso não é relevante, Bahia, Rio de Janeiro ou em Minas Gerais, não importa. O que importa, neste momento é afirmar que Tiradentes foi maçon convicto e entusiasta, o que demonstrou nas suas andanças e na pregação das doutrinas maçônicas que se identificam com a Liberdade. É de se louvar o comportamento e o trabalho do destemido Maçom Tiradentes, arriscando a vida com sua pregação de Liberdade. Participou de várias Lojas Maçônicas em Minas Gerais, com o apoio resoluto da maioria das populações, que viam na maçonaria, intransigente defensora da Liberdade, da dignidade, dos direitos do homem, um meio para reagir contra os desmandos dos prepotentes e contra as arbitrariedades daqueles que desonravam o poder. O fracasso do movimento Inconfidência Mineira, que tinha como principal objetivo gerado pelo descontentamento e pela forma abusiva com que Portugal explorava as minas da capitania, bem como a delação pelo traidor Joaquim Silvério dos Reis, é por todos conhecido através da história.

Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro a 10 de maio de 1.789 enquanto que em Minas Gerais, eram feitas prisões de todos os envolvidos no movimento. Iniciaram-se os trabalhos da devassa, que se arrastariam por longos anos e enquanto os demais integrantes da inconfidência mineira também presos, tratavam de se defender, muitos até mesmo negando responsabilidades com o movimento, Tiradentes as assumia integralmente, com silenciosa e serena bravura. Não constou em nenhum auto nenhuma delação por parte do Alferes ou revelação dos nomes dos seus amigos de causa. Finalmente a 18/04/1792, foi prolatada a primeira sentença, condenando a morte por enforcamento a Tiradentes e mais 10 integrantes do movimento. No dia seguinte, ou seja, em 19/04/1.792 na cadeia publica, foi lida a sentença que o declarava único culpado da sedição, quando Tiradentes ouviu sem pestanejar, a sua condenação.

Após a leitura da sentença foi tornada pública a Carta-Régia, conservada em sigilo, segundo a qual D. Maria l deferia ao tribunal o poder de comutar a pena capital pela pena de degredo e por nova sentença de 20/04/1792, entenderiam os juizes que só não deveria ser poupado o "enfame réu" Joaquim José da Silva Xavier, considerado "indigno da real piedade". A 21 de abril, com o aparato de costume naquela época, executou-se a infamante e absurda sentença, marchando Tiradentes para o sacrifício, sem que se alterasse a placidez do seu rosto e sofreu o martírio como um apóstolo da sacrossanta causa da liberdade e da redenção do Brasil.

Enforcado e depois de morto, teve a cabeça cortada e levada a Vila Rica, onde em local mais concorrido, foi colocada sobre um poste, seu corpo esquartejado foi espalhado pelos caminhos de Minas em várias povoações até consumir-se totalmente, declarados infames seus filhos e seus netos, a casa em que vivia em Vila Rica, totalmente arrasada e na qual foi semeado sal, para que nunca mais se edificasse em seu solo, tudo em cumprimento a terrível condenação que lhe foi imposta.

Foi, portanto, Tiradentes, ao proceder maçonicamente e assumindo a heróica atitude que o levou a sofrer morte horrível e infamante, sem sombra de dúvidas, o primeiro Mártir maçon brasileiro publicamente conhecido a dar sua vida pela causa da liberdade da sua pátria.

Nêodo Ambrósio de Castro,
M.'.M.'. - ARLS Benso di Cavour nº 28, Juiz de Fora - MG / Brasil

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro - RJ - Brasil

ARMADILHAS E CILADAS NO CAMINHO DA ASCENSÃO



Por Dr. Joshua David Stone

“Nas minhas viagens pela vida como ser espiritual, psicólogo espiritualista e discípulo do caminho, tomei consciência de muitas das armadilhas e ciladas que se encontram no caminho espiritual. Considero-me até especialista no assunto, pois tive a experiência de cair na maioria delas.
Recomendo, convicto, a meditação sobre a lista que apresento a seguir. Embora breve em palavras, é profunda em intuições.

O meu propósito ao partilhar estas situações é poupar, ao maior número de pessoas possível, sofrimento desnecessário, carma negativo e os atrasos no caminho da ascensão, provocados pelo desconhecimento e pela ignorância.

O caminho espiritual é bastante fácil num plano e incrivelmente complicado em outro. O ego negativo e as forças das trevas espalham sedução e apegos, imensos complexos e ardilosos desafios em cada passo do Caminho. Cometer erros e cair nessas armadilhas é normal. A minha preocupação é evitar que as pessoas que buscam o seu Caminho, fiquem enredadas nas ciladas por longos períodos, ou mesmo vidas inteiras.”

Eis, então, as armadilhas e as ciladas mais comuns:

1. Abrir mão do seu poder pessoal, concedendo-o a outras pessoas, à mente subconsciente, ao ego negativo, aos cinco sentidos, ao corpo físico, ao corpo emocional, ao corpo mental, à criança interior, a um guru, aos mestres ascensionados, a Deus, a tudo o que for externo.

2. Amar os outros, mas não a sí mesmo.

3. Não reconhecer o ego negativo, como fonte de todos os problemas.

4. Concentrar-se em Deus, mas deixar de integrar e educar de modo correto, a sua criança interior.

5.Comer incorretamente e não fazer exercícios físicos suficientes, o que resulta em doença física e limitação nos outros níveis.

6. Mergulhar profundamente na vida espiritual mas não reconhecer o plano psicológico, que precisa ser compreendido e dominado.

7. Desejos, desejos e mais desejos materiais.

8. Exercer poder sobre os outros depois de alcançar o sucesso.

9. Desligar-se demais das coisas da Terra, o que prejudica o corpo físico.

10. Tentar escapar da Terra, em vez de criar o Céu na Terra.

11. Ver apenas as aparências, em vez de observar a verdadeira realidade que está por de trás de todas as aparências.

12. Tentar tornar-se Deus, em vez de perceber que voce já é o Eu Eterno, como todas as outras pessoas o são.

13. Não perceber que voce é a causa de tudo.

14. Servir os outros totalmente, antes de se tornar auto-realizado dentro de sí mesmo.[ será?]

15. Pensar que existe algo que se possa chamar de raiva justificada. A raiva é uma armadilha perigosa.

16. Tornar-se um extremista, e não ser moderado em todas as coisas.

17. Pensar que precisa ser asceta para tornar-se um ser espiritual.

18. Tornar-se sisudo demais, deixando de ter alegria, felicidade e diversão suficientes na vida. Não há ascensão sem alegria.

19. Ser indisciplinado e deixar de perseverar incessantemente nas suas práticas espirituais.

20. Abandonar as práticas e estudos espirituais quando se envolve num relacionamento.

21. Dar prioridade a um relacionamento, em detrimentO de sí e do seu processo interno. Essa é outra armadilha traiçoeira.

22. Deixar que a criança interior governe a sua vida.

23. Ser crítico demais e duro demais consigo mesmo.

24. Deixar-se enredar pelo glamour e ilusão dos poderes psíquicos.

25. Tomar posse do seu poder pessoal, mas não aprender ao mesmo tempo a submeter-se ao seu Cristo interno.

26. Abrir mão do seu poder pessoal quando estiver fisicamente cansado.

27. Esperar que Deus e os mestres ascensionados resolvam todos os seus problemas.

28. Viver no piloto automatico e relaxar a vigilância.

29. Entregar o seu poder a entidades que se possam comunicar consigo.

30. Ler demais e não meditar o bastante.

31. Deixar que a sexualidade o domine, em vez de dominá-la.

32. Identificar-se excessivamente com seu corpo mental ou emocional, sem atingir o equilíbrio.

33. Pensar que precisa ser um canal para outras vozes, ver ou experimentar toda a espécie de fenômenos mediúnicos a fim de se tornar espiritualizado ou
ascender.

34. Forçar a elevação da sua kundalini.

35. Forçar a abertura dos seus chacras

36. Pensar que o seu caminho espiritual é melhor que o dos outros.

37. Julgar as pessoas em função do nível de iniciação que alcançaram.

38. Partilhar o seu nível “avançado” de iniciação com outras pessoas.

39. Contar aos outros o seu “bom trabalho espiritual”, em vez de simplesmente centrar-se na sua humildade. “Não saiba a tua mão esquerda o que fez a tua mão direita”.

40. Pensar que as emoções negativas são coisas imprescindíveis.

41. Isolar-se dos outros e achar que isso é ser espiritualista.

42. Considerar a Terra um lugar terrível.

43. Entregar o seu poder à astrologia ou à influência dos Astros, como fatores externos e incontornáveis.

44. Apegar-se demais às coisas e às pessoas.

45. Viver desapegado demais com relação à vida; não se esforçar rumo ao desapego envolvido.

46. Viver preocupado demais com o eu; e não se dedicar o suficiente a servir os outros.

47. Enredar-se nas numerosas teorias equivocadas da psicologia tradicional, pois cada uma delas não passa de uma fina fatia da torta inteira.

48. Ser místico demais ou ocultista demais, e não se esforçar para integrar os dois lados.

49. Desistir no meio das grandes adversidades. Essa é uma das piores armadilhas. Nunca desista! Nunca, jamais deve desistir!

50. Achar que o sofrimento que o incomoda – seja em que nível for – não irá passar.

51. Concentrar-se demais no nível de iniciação que alcançou, ou aguardar com ansiedade exagerada o momento da ascensão, em vez de se preocupar com o trabalho que precisa ser feito.

52. Deixar-se enredar pelos poderes espirituais em vez de reconhecer que o amor, é, de entre todos, o maior poder espiritual.

53. Denegrir outros grupos espiritualistas ou metafísicos, em vez de buscar o trabalho conjunto e a unificação, mesmo que esses grupos não estejam inteiramente sintonizados com todas as suas
crenças.

54. Deixar-se enredar no dogma da religião tradicional, ou quaisquer outros dogmas.

55. Pensar que precisa de um sacerdote, que aja como intermediário entre sí e Deus.

56. Usar as suas crenças espirituais para gerar divisão, elitismo ou uma condição especial indevida.

57. Tornar-se fanático pelas suas próprias crenças.

58. Achar que pode alcançar a iluminação por meio de drogas ou algum tipo de pílula mágica. Essa é uma das piores formas de ilusão!

59. Achar que outras pessoas não precisam trabalhar no seu caminho espiritual.

60. Sobrevalorizar o relacionamento com os filhos em detrimento das relações consigo mesmo e com seu Cristo interno.

61. Enredar-se em todas as atrações deste mundo material, realmente fascinante.

62. Envolver-se demais no amor a uma só pessoa, em vez de expandir seu amor para englobar muitas pessoas, e todos os outros, de forma incondicional.

63. Enredar-se na dualidade, em vez de buscar equilíbrio mental, paz interior e equidade em todos os momentos; se você não transcender a dualidade, continuará a sentir-se vítima da sua propria montanha-russa emocional, sacudindo-se de um lado para o outro entre os altos e baixos da vida. A alma e o espírito pensam com uma consciência transcendente, que não tem ligação com essa lufa-lufa quotidiana.

64. Ser pai ou filho, mãe ou filha no relacionamento a dois, em vez de assumir a condição de adulto.

65. Pensar que precisa sofrer na vida. Isto é tremendamente falso!

66. Ser ou querer ser um mártir do caminho espiritual.

67. Precisar de controlar os outros.

68. Ter ambição espiritual.

69. Precisar de simpatia, amor ou aprovação.

70. Ter necessidade de ser um Mestre.

71. Ser hipersensível ou, no outro lado da moeda, duro demais.

72. Assumir responsabilidades no lugar dos outros.

73. Ser ou querer ser um salvador.

74. Servir por motivos egoístas e pensar que está a acumular mérito espiritual.

75. Pensar que é espiritualmente mais avançado do que realmente é; por outro lado, pensar que é menos avançado do que realmente é.

76. Ser famoso e cultivar a dependência da fama.

77. Dar importância indevida à busca da paixão ou da alma gêmea, e não perceber que a sua própria Alma – e a Mônada – são aquelas que, na verdade, o podem complementar e saciar interiormente.

78. Pensar que precisa de um relacionamento romântico para ser feliz.

79. Precisar ver-se no centro do palco; ou, no outro lado da moeda, preferir sempre esconder-se pelos cantos.

80. Trabalhar e esforçar-se demais, exaurindo-se fisicamente, ou, no outro lado da moeda, distrair-se demais e não se ocupar dos assuntos do Pai.

81. Buscar orientação em médiuns e não confiar na própria intuição.

82. Entregar-se, neste plano ou no plano interior, a mestres que não sejam ascensionados e que, logicamente, também tem uma compreensão e concepção limitadas da realidade.

83. Fazer do caminho espiritual um hobby, e não o “fogo devorador”.

84. Perder tempo demais em frente da TV, na Internet, com jogos de vídeo, ou lendo romances fúteis, e assistindo a filmes violentos.

85. Gastar quantidades imensas de tempo e energia por falta de organização e administração adequada do tempo.

86. Pensar que discutir com os outros é algo que lhe sirva a sí, ou sirva a outras pessoas.

87. Tentar vencer ou estar certo, em vez de se esforçar por amar e compreender.

88. Enfatizar demais a intuição, o intelecto, o sentimento e o instinto, em vez de perceber que tudo isso precisa ser equilibrado e integrado, cada qual na sua devida proporção; a cilada aqui, é identificar-se excessivamente com um deles.

89. Devotar-se a um guru que o diminui e o divide, em vez de se dedicar ao Eu espiritual que é voce mesmo, e cultivar o seu próprio Cristo interno.

90. Tentar permanecer aberto todo o tempo, em vez de saber como abrir e fechar o seu campo energetico, de acordo com as necessidades.

91. Não saber dizer não aos outros, à criança interior ou ao ego negativo.

92. Pensar que a violência ou qualquer tipo de agressão contra os outros lhe vai trazer aquilo que voce deseja, ou que sirva a Deus de algum modo.

93. Culpar Deus ou irritar-se com Ele ou contra os mestres ascensionados por causa dos proprios problemas.

94. Quando suas orações não forem atendidas, pensar que Deus e os mestres ascensionados não estão respondendo às suas preces.

95. Comparar-se com outras pessoas, em vez de perceber que somos únicos, e que as potencialidades, as circunstâncias e as vivências do outro não são as suas.

96. Pensar que ser pobre é ser espiritualizado. Pensar que é preciso ser rico para ser feliz e espiritualizado.

97. Comparar-se e competir com os outros por causa dos níveis de iniciação e ascensão.

98. Assumir o papel de vítima diante de outras pessoas ou do seu próprio corpo físico, emocional ou mental, desejos, cinco sentidos, ego negativo, eu
inferior.

99. Estudar demais e não manifestar os seus conhecimentos no mundo real.

100. Pensar que o seu mau humor é a verdadeira realidade de Deus.

101. Pensar que o valor reside em fazer e alcançar coisas.

102. Pensar que você não precisa de se proteger espiritual, psicológica e fisicamente.

103. Pensar que glamour, ilusão, ego negativo, medo e separação, são a verdadeira realidade.

104. Usar açúcar, café e refrigerantes e outros estimulantes artificiaispara obter energia física.

105. Tentar fazer tudo sozinho e não pedir a ajuda a Deus; ou, no outro lado da moeda, pedir a ajuda de Deus e não se ajudar a sí mesmo.

106. Deixar de amar as pessoas porque elas o estão a tratar mal ou dando um exemplo negativo de egoísmo; não distinguir a pessoa de seu comportamento.

107. Perder a fé na realidade viva da Alma, da Mônada, de Deus e dos Mestres Ascensionados, e na capacidade que Eles tem de ajudá-lo.

108. Pensar que apenas as outras pessoas podem atingir a ascensão, ou ser Luz no mundo, ou pelo menos não nesta vida.

109. Tentar atingir a ascensão para fugir dos problemas quotidianos.

110. Pensar que a Terra é uma prisão, e não reconhecê-la como um Paraíso em evolução.
Vigiai e orai...

“Tudo o que existe no universo divino é governado por leis – físicas, emocionais, mentais e espirituais. Aprendendo a compreender essas leis e tornando-se obediente a elas voce trilhará o caminho da ascensão.”

GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON
Fundado em 31 de maio de 2006 - ANO V
Rio de Janeiro - RJ - Brasil

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

LEBERDADE ATRAVÉS DO PENSAMENTO




Charles Evaldo Boller

Área de Estudo: Filosofia, Liberdade, Maçonaria, Sociologia.


A maior dádiva que se obtém na Maçonaria é o desenvolvimento da capacidade de pensar para além dos limites que alguém impôs a si mesmo, por condicionamento, no cativeiro debaixo do sistema econômico mundial. Ser capaz de pensar por si é o maior estágio de liberdade alcançável de forma consciente. A capacidade de criar idéias novas, libertadoras, é desenvolvida em diálogos, debates e meditação. Na interação com o pensamento de outras pessoas absorvem-se novas idéias, e estas somadas com aquelas já existentes na memória, pela ação da meditação ou intuição transformam-se em pensamentos inéditos, totalmente diferentes dos pensamentos que lhe deram origem. Assim ocorre desde que o homem passou a usar do pensamento para interagir com o ambiente. Foi o que o diferenciou das outras unidades viventes deste imenso organismo vivo que é a biosfera terrestre.

Tenho dúvidas se a Maçonaria pode desenvolver em seu seguidores a capacidade de pensar, além dos limites que alguém possa dar a si mesmo, isso é uma atitude que o homem traz consigo desde pequeno, a criatividade não poderá ser adquirida de fora para dentro e sim o contrario, o que ocorre é que aquele que procurar a verdade, através dos estudos sistemático se libertará da ignorância e isso em qualquer lugar deste mundo o homem poderá encontrar.

É no pensamento que se materializa a liberdade absoluta, local que a nenhum déspota jamais foi dado saber o que o outro pensa. Todo desenvolvimento humano surgiu primeiro na mente. Pensamento é energia. Pensamento revela riquezas que estão disponíveis ao redor. É só aprender a colher. É a razão do maçom diligente e perseverante melhorar suas condições sociais e financeiras. Liberdade começa no pensamento; o resto é mera consequência. Confúcio disse: Estudo sem pensamento é trabalho perdido; pensamento sem estudo é perigoso.

Realmente não temos uma liberdade absoluta fora do pensamento, dependemos do outro para viver e progredir, seja no âmbito social ou econômico, porém não devemos esquecer que esta evolução não é apenas mensurável do ponto de vista econômico, devemos sim evoluir em todos os aspectos e isso envolve o outro, sem o qual a nossa vida não tem sentido. Eu discordo de Confúcio, é impossível estudar sem pensar e pensando estamos estudando. Estudando estamos absorvendo informações diversas e estas se processam e têm como produto o conhecimento, o que pode acontecer é não usarmos o que conhecemos para o progresso de todos, aí é inutilidade.

Todo aquele que se submete ao pensamento de outros, por preguiça de pensar, é escravo; um homem domina o outro através da força do pensamento, da capacidade de realização do pensamento. Ninguém escraviza a quem se tornou livre pensador, pois é pela aufklärung, uma conceituação de Kant que significa iluminação, que ele se conscientiza que sem liberdade deixam de existir fraternidade e igualdade. Um ser iluminado goza de liberdade do pensamento e não carece da tutela de ninguém, é a liberdade absoluta, não carece mais ser guiado por outro, tem coragem de usar do próprio discernimento de seu intelecto para desbravar seus próprios caminhos.

Infelizmente temos poucas pessoas que pensam e dentre elas estão os aproveitadores da sociedade submissa por forças tais, que se tornam escravas devido à falta nos dias de hoje de simplesmente educação geral, não há interesse em libertar a massa através dos estudos, temem que com isso, essa sociedade seja crítica e exigente em relação aos governantes.

Na era paleolítica o homem era uma espécie de gari da natureza, sobrevivendo graças ao que encontravam por acaso. Progrediu até que, pela caça em grupo, obteve sucesso em capturar animais de maior porte e a utilizar-se da colheita selecionada de frutas. No neolítico passou a desenvolver a agricultura, pastoreio de animais e usar o ferro. Durante cerca de duzentos anos passou a desenvolver-se cientificamente e a utilizar-se de máquinas automáticas. Nos últimos anos passou a usar intensamente do saber e da informação. Existe um abismo entre a primeira e a última fase do desenvolvimento da criatividade humana, tudo resultado da capacidade de pensar com lógica. A velocidade com que se sucederam as diversas etapas manifestou-se em progressão geométrica.

O homem hoje é igual o homem de 12 mil anos atrás. Veja, se pudéssemos ter uma criança deste tempo hoje, ela seria tanto quanto uma pessoa igual ao que temos por aqui. O que ocorreu de diferente e auxiliou na evolução aparente do homem é a linguagem, escrita e os livros ou qualquer meios de guardar informações. Isso fez a grande diferença, pois, hoje podemos partir do conhecimento que se têm hoje, através dos registros e desenvolver a partir dele. Não há mais necessidade de começar do zero. Isso criou uma situação interessante, no começo do século 18 o conhecimento do homem dobrava de vinte em vinte anos aproximadamente, no século 19 era de dez anos e aos poucos foi sendo diminuído ao ponto de hoje ser de oito meses, ficando impossível qualquer um conhecer o que está sendo desenvolvido e ter controle de um processo total, favorecendo o trabalho em equipe e criando generalistas ao invés de especialistas, os que se dizem especialistas têm uma visão holística do processo, senão estará fadado ao fracasso.

E como tudo na natureza é uma questão de domínio do mais apto, a maioria das pessoas sempre é dominada pelos melhor preparados; por aqueles que treinaram e são livres para pensar às suas próprias custas, estes foram e são os mais ricos e quiçá mais felizes. Também são os que mais espoliaram os menos aptos, os pobres e incapacitados de pensar às suas próprias expensas. Benevolência, magnanimidade, é dada a poucos; sempre houve a exploração do homem pelo próprio homem.

Eu diria que na natureza sobrevive o mais adaptado às condições que se apresentam, e não é questão de domínio sobre os outros menos capazes, o mais adaptado pode ser o mais coerente e mais humanos do que os mercantilistas ou materialista, que realmente não estão adaptados para viverem neste planeta.

E não são os mais felizes, isso é um engodo pregado pela mídia, o homem mais feliz é o que tem menos necessidades, para serem atendidas, pode ser um matuto da roça ou um empresário milionário. Benevolência é uma qualidade conquistada através da educação moral e filosófica e é desenvolvida desde pequeno com os pais, não é dada a poucos.

Pela sua incapacidade de pensar e controlar seus instintos, o pobre sempre foi incentivado em produzir a maior prole para alimentar o mercado de escravos de todos os sistemas econômicos, em todos os tempos.

Isso é preconceito em relação aos pobres, antes, era isso que acontecia parece que é pensamento de Rousseau, hoje com as condições de controle familiar não temos estes problemas, o que há é melhores condições de provocar abortos nos meios sociais que têm dinheiro para pagar, na realidade continuamos a ter crianças, embora com menos quantidade do que antes.

A natalidade de nossa espécie ultrapassa hoje os duzentos e cinqüenta por cento da mortalidade.

Graças ao desenvolvimento da ciência médica isso é possível, e não podemos esquecer que a média de vida em nosso país passou de 33.6 anos para 72.7 anos no último século.

O sistema econômico mundial, este que mantém as engrenagens da sociedade em funcionamento, conduz de forma alucinante ao esgotamento de todos os mananciais de sustentação da vida. A sociedade está no limiar do estado crítico, talvez até já tenha ultrapassado o ponto sem volta, o limite de sustentação da vida humana na biosfera da Terra. Mahatma Gandhi disse que a terra produz o suficiente para satisfazer as necessidades de todos; não à cobiça de todos.

Em relação aos recursos naturais, eles serão todos usados, o que vai acontecer é que serão substituídos por produtos sintéticos e tudo isso estará atrelado ao custo e benefício, seja de um povo ou da humanidade, como foi dito acima, só os mais adaptados sobreviverão e nem sempre será o mais rico...

Grandes convulsões buscam o equilíbrio e são consequência direta da falta de amor fraterno entre as pessoas e para consigo mesmo.

Quando o homem deixar, por força das descobertas da ciência, que o materialismo e o imediatismo não têm lógica e que há vida após a vida ele será modificado em todos os sentido, e terá atitudes diferentes, pois saberá que o que ele está plantando hoje será colhido amanhã. “A PLANTAÇÃO É LIVRE, MAS A COLHETA É OBRIGATÓRIA.”

Novas necessidades aflorarão durante as contorções da busca do equilíbrio e estima-se que então as carências estimularão a criatividade humana para novo salto evolutivo, para novo pulo de criatividade. Mas até lá, muitos inocentes serão trucidados pelo implacável, insensível e truculento sistema de exploração humana. E se a exploração do homem pelo próprio homem não der conta de equilibrar demanda com produção de alimentos, se os mananciais alimentícios estiverem exauridos ao ponto de não existir restauração, a própria natureza aniquilará quem sobrar.

Não há o que temer tudo que acontece é para o nosso desenvolvimento e não há vítimas e inocentes, apenas aprendizes para evolução. A natureza não aniquilará o que sobrar, sempre haverá alguém que dará continuidade e não devemos esquecer que estas possíveis aniquilações já ocorreram no passado e estamos aqui agora para mais uma empreitada.

A maçonaria chamou para si a responsabilidade de treinar soldados oriundos dos mais diversos graus intelectuais e culturais para a tarefa de pensar soluções para o mundo em convulsões em busca do equilíbrio tanto do sistema financeiro mundial como da ecologia, ambos mortais quando desequilibrados ou ameaçados.

A Maçonaria congrega homens que têm condições de forjar o ideal social e filosófico, porém, é necessário que treine primeiramente em suas bases, ou seja, na própria sociedade Maçônica, sabemos que isto não ocorre devido à falta de coerência nas atitudes ou a falta de braços fortes para por em prática o que prega. Infelizmente são só discursos que não saem do papel...

Cabe ao maçom, entre outros, a tarefa de pensar uma saída menos violenta das convulsões que levarão novamente ao equilíbrio, para isto ele estuda junto com seus irmãos, em locais especialmente preparados que o tornam homem equilibrado, sábio e líder social, onde desenvolvem o amor fraterno para honra e à glória do Grande Arquiteto do Universo. Tomara que não seja uma utopia...


Grupo Maçônico Orvalho do Hermon

domingo, 3 de outubro de 2010

TUDO DEPENDE DE COMO QUEREMOS VER


Charles Evaldo Boller

Sinopse: Análise holística da dinâmica dos ritos e da Maçonaria.

Platão dizia que a perfeição do círculo existe apenas na mente, o que induz pensar que em nenhum lugar do Universo existe um círculo perfeito, apenas na imaginação humana. Criar círculos na mente deixa claro o poder da mente em desenvolver novas e inusitadas idéias, induzidas pela diversidade com que foi projetado o Universo. Neste mundo de ilusão sensorial tudo depende de como queremos ver. Inúmeros foram os círculos que os homens já desenharam e esculpiram, em sua maioria manifestação da arte fútil que agrada a sensibilidade do observador. É semelhante à diversidade de ritos da Maçonaria, a arte útil que visa o homem. A diversidade de ritos na Maçonaria é a razão de sua sobrevivência.

Debates entusiásticos a favor e contra a flexibilidade do Rito Escocês Antigo e Aceito deram conta da existência de divergências do "rito original", o que, segundo opinião de pensadores maçons, estaria destruindo a Maçonaria de dentro para fora; suas críticas são severas e contundentes contra as modificações do rito introduzidas nas diversas obediências, inclusive em lojas de uma mesma obediência. Estes analistas sérios e bem intencionados desejam voltar ao "rito original", o que, em face da diversidade vigente, constitui tarefa difícil, senão impossível; o rito de hoje é resultante da flexibilidade da Maçonaria e da vontade de homens igualmente pensadores ilustres ao longo do tempo. Rito presta-se a estabelecer costumes e, pela repetição, mudar pessoas em determinada época. Ademais, quanto o "rito original", ao qual se pretende voltar, é de fato original? "Neste mundo nada se cria, tudo se copia"; todo saber humano deve sua existência a incontáveis ciclos de tese, antítese e síntese. Não será este "rito original" cópia de ritos anteriores? Ritos mudam constantemente. Em que a mudança é prejudicial? São as estruturas físicas enrijecidas, que se opõem ao movimento, duras, que mais têm possibilidade de quebrar na presença das oscilações, vibrações, mudanças de um Universo vivo, cheio de energia. A estrutura flexível da Maçonaria tem a capacidade de sobreviver mais tempo; é como na alegoria do grande, rijo e velho carvalho e a esguia, jovem e frágil haste de trigo, quando submetidos à força do vento, um quebra o outro verga; qual deles sobrevive?

Observem-se as complicações geradas pelos imutáveis landemarques e que engessam a instituição maçônica numa realidade do passado. Existem diversas compilações, qual delas é original? Hoje algumas das leis naturais básicas extraídas dos landemarques estão defasadas em relação a presente realidade e dinâmica social. Alguns landemarques são discutíveis, ilógicos. Mas é a lei! Lei não se discute, obedece-se! Rito não é lei, é modelo; passível de modificação. E é o que os homens fazem: adaptam o rito para a sua realidade, a sua época. As leis também se adaptam no tempo, entretanto a compilação dos vinte e cinco landemarques de Mackey atrofia-se quando reza imutabilidade; até onde se sustenta imutável só a sabedoria dos homens do futuro definirão. Albert Pike, com ironia e pensamento arguto irrefutável demoliu, em seu tempo, o que hoje ainda sufoca a Maçonaria; reduziu os vinte e cinco landemarques de Mackey a apenas cinco. Ritos e leis mudam na corrente do tempo; apenas uma única lei é imutável para o homem, oriunda dos atos criativos do Grande Arquiteto do Universo: a lei do amor fraterno.

Do movimento que é característica do mundo vivo, as modificações introduzidas no Rito Escocês Antigo e Aceito foram salutares e prestam-se materializar homens aperfeiçoados para a sociedade humana em qualquer época. Muda o homem, muda a idéia, mas o símbolo é o mesmo. Percebe-se que as mudanças no rito são função do movimento, de palavras, de idéias; os símbolos são os mesmos: compasso, esquadro, nível, prumo, maço, cinzel, régua, espada, trolha, etc. basta preservar os símbolos! O que aconteceria se substituírem a espada por um fuzil AR15, a pena do secretário por um laptop, o cinzel por uma britadeira?

Mudarem palavras do ritual, a forma de circulação em loja, criar novos aventais, novos estandartes, não muda o "antigo e aceito" rito escocês! Trata-se do mesmo rito! O rito assim como seus símbolos, é apenas arquétipo, modelo; as réplicas mais antigas serviram aos homens de sua época; vive-se outra realidade; constroem-se outros círculos perfeitos na imaginação e imperfeitos na realidade; da mesma forma surgem novos procedimentos para representar os mesmos ritos, só que ligeiramente adaptados ao seu tempo. Não interessa o método usado para construir círculos perfeitos, o que realmente interessa é que estes transmitam beleza para sensibilizar homens e transformar sua maneira de ver as verdades sob outro prisma; introduzir mudanças nos ritos tem a mesma função. É só preservar os símbolos que o rito não muda!

Homens são criaturas emocionais, espirituais e racionais a um só tempo, prevalece a característica que cada um mais alimenta; separar cada elemento destes e tratá-los em separado é técnica preconizada pelo mecanicismo. Daí a necessidade de tolerância na convivência com homens racionais, detalhistas e substancialmente técnicos, que insistem em preservar o "rito original" apenas porque suas mentes, assim treinadas, insistem em colocar tudo em funcionamento como se fosse um antigo relógio de algibeira; um homem saudável seria um bom relógio, um homem decaído um péssimo relógio! É o mecanicismo de Descartes, caracterizado por dividir processos complicados em estruturas simplificadas e estanques, para então proceder à análise separada de cada componente. Em sistemas dinâmicos isto não funciona. Enquanto se estiver analisando uma das partes, as outras são negligenciadas; resultado: o todo fenece. A geometria é bela, mas para sistemas dinâmicos como a evolução humana ela é limitadora, castradora, morta. O mecanicismo influi em todas as ciências e só pouco a pouco cede lugar para análises que contemplam o todo e não apenas uma parte isolada de um processo. Voltar ao "rito original" é conservadorismo, simplificação e saudosismo; é influência mecanicista daqueles que olham o rito apenas como parte isolada de um sistema e esquece-se do homem que se conecta ao rito para crescer e melhorar-se. Diante do movimento, do avanço do tempo, o rito e o homem são um; o homem evolui e o rito com ele.

Para matar um rito é fácil: mudem-se os símbolos! Endureça-se o coração dos homens para que se neguem em efetuar mudanças em si; admitam-se nas lojas homens não dispostos a acordos, selvagens, viciados em drogas, imorais, politiqueiros, materialistas, ateus; negligenciem-se: estudo de temas da sociedade, sindicâncias para admissão de novos, desenvolvimento da espiritualidade, tratamento fraterno e amoroso; e outras mazelas. Observe-se que o fundamento da Maçonaria não está nos ritos, mas nos homens que a compõem e usam dos ritos como arquétipos, modelos para se relacionarem e se influenciarem para o bem. Rito é instrumento de trabalho, homem é matéria prima em modificação. Qual tem maior valor, a ferramenta ou a obra de arte? Toda atenção da Maçonaria é direcionada no sentido de mudar homens através de sua autoconstrução, e nisso o rito é apenas coadjuvante, arquétipo, modelo, nunca diretor. Paredes não debatem, ritos não se abraçam, são os homens que estão dentro templo os que interagem entre si e influenciam-se uns aos outros e se abraçam, para se reunirem utilizam um rito, uma simples ferramenta para se auto-desenvolver. Se os homens mudam porque o rito deve permanecer inalterado?

Partindo da idéia que na Natureza tudo se modifica, nada é igual na linha do tempo, é nas pequenas diferenças entre as diversas réplicas do "rito original" que reside a força do Rito Escocês Antigo e Aceito como elemento de transformação de homens. Todos os ritos da Maçonaria têm o mesmo potencial. Cada rito oferece características diferentes que se adaptam à diversidade de homens espalhados pelo Orbe. Voltar ao "antigo e aceito" rito escocês é o mesmo que eliminar todos os ritos diferentes, transformando-os num só; ou reunir todas as obediências numa única. O que embeleza e fortalece a Maçonaria é a maravilhosa diversidade, sob qual se albergam as colunas da maioria das linhas de pensamentos filosóficos e crenças religiosas. Com isto possibilita-se o ambiente seguro para o debate das necessidades da sociedade sem que os debatedores se matem uns aos outros. A Maçonaria é o único foro seguro para solucionar todos os problemas da humanidade, algo só possível pela atuação do amor fraterno, aquilo que o Grande Arquiteto do Universo revela e escreve na Natureza.

Ninguém está matando o rito maçônico, o maçom enriquece, melhora, adapta o rito às novas realidades na linha do tempo. Boa solução é aquela que preconiza flexibilidade e diversidade. É só preservar os símbolos e deixar o pensamento fluir. Semelhante ao desenvolvimento de perfeitos, lindos e maravilhosos círculos na mente, o maçom aprende com a linguagem e traços do Grande Arquiteto do Universo que escreve a realidade na mais caótica diversidade. O homem foi projetado para admirar a diversidade. O maçom progride no "conhece-te a ti mesmo", de Sócrates, quando observa a Natureza e abandona a tendência de insistir em colocar tudo dentro de moldes estanques; condicionados às limitações impostas pela realidade, à ilusão, de seus sentidos presentes neste pequeno grão de areia onde ele se encontra recluso.

Imagine o absurdo de Kepler colocando a órbita de um planeta nas linhas definidas por um cubo, esta era a realidade dele, a do hodierno maçom é outra, mas igualmente limitada. Ao criar lindos e perfeitos círculos na mente, exercitando a capacidade de pensar, o maçom cria novos e inusitados instrumentos que alargam a visão do Universo e também se conscientiza de sua responsabilidade para consigo mesmo e a sociedade onde está simbioticamente imerso. Diante da constante mutação da Natureza e, consequentemente, do homem, os ritos vão se diversificando, cada um deles vai se modificando, acompanhando a evolução da sociedade; a Maçonaria é evolucionista, acredita na mudança do homem para melhor, razão de investir nele e perseverar em melhorar as ferramentas, os ritos.

Para evitar desgastes e perda de foco ao que realmente interessa na Maçonaria, cabe ao maçom nadar a favor da correnteza do tempo para não se cansar e desistir de promover o crescimento do homem, e principalmente dele mesmo. Se o maçom é agente de mudanças, deve ele mesmo estar suscetível às mudanças que o tempo e a sabedoria lhe impõem. Mudança começa consigo mesmo e depois se propaga em tudo aquilo que o rodeia. Citando Bertolt Brecht: "Desconfiai do mais trivial, na aparência singela. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar".

O Rito Escocês Antigo e Aceito continuará em modificar-se sem que isto cause a queda da Maçonaria ou o desgaste do rito. O que destrói o rito é o homem que, a semelhança de Kepler, não consegue formar círculos em sua imaginação devido à imaginação embotada, limitada; que ainda não alargou seus horizontes e não aguçou seu pensamento para além dos limites impostos aos seus sensores. Ao invés de voltar ao passado é essencial projetar o futuro, livrar-se das amarras da mesmice e pensar de forma proativa para desenvolver e adaptar ritos mais eficientes da dança eterna dos ciclos de tese, antítese e síntese. Que os ritos construam homens que pensam sem preconceitos e estejam esclarecidos ao ponto de entenderem aquilo que o Grande Arquiteto do Universo escreve e desenha de forma aparentemente caótica, e onde, em meio à evidente confusão, acende a chama da vida.

Bibliografia:

1. ASLAN, Nicola, Landmarques e Outros Problemas Maçônicos, Volume 1, ISBN 85-7252-044-9, 3ª edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 240 páginas, Londrina, 2010.

2. CORTEZ, Joaquim Roberto Pinto, Maçonaria, Conceitos Litúrgicos, Ritualísticos e Históricos, ISBN 978-85-7252-279-3, 1ª edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 204 páginas, Londrina, 2010.

3. GLEISER, Marcelo, Criação Imperfeita, ISBN 978-85-01-08977-7?, 1ª edição, Editora Record, 366 páginas, São Paulo, 2010.

4. ISRAEL, Jonathan I., Iluminismo Radical a Filosofia e a Construção da Modernidade 1650-1750, Radical Enlighttenment, Philosofy, Making of Modernity, 1650-1750, tradução: Cláudio Blanc, ISBN 978-85-370-0432-6, 1ª edição, Madras Editora Ltda., 878 páginas, São Paulo, 2009.

5. SOUZA FILHO, Ubyrajara de, Cognição e Evolução dos Rituais Maçônicos, ISBN 978-85-7252-278-6, 1ª edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 152 páginas, Londrina, 2010.

Biografias:

1. Albert Mackey ou Albert Galatin Mackey, autor, maçom e médico de nacionalidade norte-americana. Nasceu em Charleston em 12 de março de 1807. Faleceu em Fort Moroe, em 20 de junho de 1881, com 74 anos de idade. Suas principais obras: a compilação de uma série de 25 Landmarks; uma Enciclopédia Maçônica, em três volumosos tomos; um livro sobre a Jurisprudência Maçônica; História da Maçonaria.

2. Albert Pike, advogado, autor, escritor, historiador, maçom e poeta de nacionalidade norte-americana. Nasceu em Boston, Massachusetts em 29 de dezembro de 1809. Faleceu em Washington, em 2 de abril de 1891, com 81 anos de idade. Reorganizador de todos os rituais do Rito Escocês Antigo e Aceito, do grau quarto ao trinta e três.

3. Bertolt Brecht ou Eugen Bertolt Friedrich Brecht, diretor de teatro, dramaturgo, maestro e poeta de nacionalidade alemã. Nasceu em Augsburg em 10 de fevereiro de 1898. Faleceu em Berlim, em 14 de agosto de 1956, com 58 anos de idade. Criador do teatro épico, revoluciona a dramaturgia do século XX.

4. Johannes Kepler, astrônomo de nacionalidade alemã. Nasceu em Weil der Stadt em 27 de dezembro de 1571. Faleceu em Regensburg, em 15 de novembro de 1630, com 58 anos de idade. Conhecido pela elaboração dos três princípios que regem os movimentos dos planetas em torno do Sol.

5. Nicola Aslan, autor, escritor e maçom de nacionalidade brasileira e grega. Nasceu em Grécia em 8 de junho de 1906. Faleceu, em 2 de maio de 1980, com 73 anos de idade.

6. René Descartes, cientista, filósofo e matemático de nacionalidade francesa. Também conhecido por René du Perron Descartes. Nasceu em La Haye, Touraine, Atual Descartes em 31 de março de 1596. Faleceu em Estocolmo, Suécia, em 11 de fevereiro de 1650, com 53 anos de idade. Muitos filósofos consideram-no o pai da filosofia moderna.

7. Sócrates ou Sócrates de Atenas, filósofo de nacionalidade grega. Nasceu em Atenas em 468 a. C. Faleceu, em 399 a. C. Um dos mais importantes pensadores de todos os tempos.

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