quarta-feira, 8 de abril de 2009

IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA LOJA MAÇÔNICA


“Quando a Loja tem um senso claro do seu objetivo, do seu rumo e da posição desejada para o futuro, e quando essa imagem é amplamente compartilhada, o maçom torna-se capaz de encontrar o seu próprio papel dentro da Loja e da Maçonaria.”

As Lojas Maçônicas, em maior ou menor grau, deparam-se atualmente, mais do que em qualquer período anterior, com a necessidade de definir qual será o seu papel neste novo milênio.

A maioria das Lojas não possui consciência de sua identidade e de seu papel na comunidade. Não sabem o que são, para que existem e o que farão no futuro. Elas não estão envolvidas, pela ação, com os problemas que afligem a comunidade de sua cidade em particular, ou a sociedade brasileira em geral.Os Maçons, por sua vez, reúnem-se nas Lojas, mas se dispersam fora delas por falta de aglutinação em torno de objetivos claramente definidos.

As Lojas iniciam, todos os anos, novos candidatos, mas os seus quadros de obreiros continuam pequenos. Decorre então, a famosa frase que não convence a ninguém: “Temos que ter qualidade e não quantidade”. Esta frase vetusta, já não serve mais como paradigma para as Lojas porque não temos “quantidade”, e muito menos “qualidade”.

As Lojas Maçônicas no Brasil, raramente ultrapassam a 40 maçons por Loja. Quantidade ínfima para um país de dimensões continentais como é o nosso com uma população superior a 170 milhões de habitantes. Se compararmos a quantidade de maçons no Brasil com os Estados Unidos, constataremos uma diferença surpreendente. Precisamos, portanto, melhorar a quantidade de maçons no Brasil, para que possamos fortalecer as nossas Colunas no concerto da Maçonaria Universal.

Por outro lado, as Lojas convidam pessoas de destaque para ingressar na Instituição, mas não possuem, em contrapartida, um programa capaz de sustentar a permanência dessas pessoas em seus quadros. Escolhem-se as pessoas e depois não se sabe o que fazer com elas; o potencial de cada um não é aproveitado em algo produtivo para a Loja e para a Maçonaria.

As Obediências, por sua vez, com raríssimas exceções defrontam-se com o mesmo problema das Lojas, criando-se assim um círculo vicioso.O escopo deste Projeto é propor uma metodologia que possa reverter a situação vigente, dinamizando a atuação da Loja no sentido de prepará-la para atuar ativamente em prol da sua comunidade.

Sabemos todos que, ações maçônicas quando executadas sem planejamento prévio, sem estratégias definidas e sem objetivos claros, não trazem resultados positivos, ao contrário, nos enfraquecem, podendo, inclusive, macular a respeitabilidade de nossa Instituição.

Sabemos, também, que uma grande preocupação tem trazido inquietação a um número crescente de maçons consciente de suas responsabilidades e do papel que lhes cabe nos tempos atuais: o futuro de nossa Instituição.No desenho desse futuro, os maçons devem ter o comedimento e a consciência plena de que a Maçonaria, enquanto instituição, tem que ser preservada de desgastes vãos. É preciso manter a sua respeitabilidade em todos os níveis. Por outro lado, sabemos que, muitas dúvidas assomam às mentes dos maçons:

1. Quais os paradigmas que deverão nortear as ações da Maçonaria diante de um mundo onde a prevalência do egoísmo, da corrupção e a ausência, cada vez maior, de posturas éticas são a constante na vida dos grupos sociais?

2. Será essa ambiência favorável à concretização dos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade?

As reverberações desse fluir e refluir de insatisfação desde há muito é sentida em nossas lojas, em crescente intensidade.

Duas são as maneiras para o desenvolvimento de ação maçônica na sociedade: a individual e a coletiva.

O trabalho individual conduz o maçom à prática ininterrupta das virtudes, em todos os momentos, a fim de que o conhecimento adquirido seja aplicado no aperfeiçoamento dos costumes. É o desempenho de iniciativa própria, incessante, aplicando-se os princípios no lar, no trabalho, na escola, onde quer que o maçom esteja, marcando sua presença de forma velada quanto aos métodos maçônicos, mas colaborando com a sociedade para o aprimoramento dos costumes, individualmente.

O trabalho coletivo é o exercício em conjunto para aplicação dos ensinamentos de forma planejada, objetiva, coordenada e dirigida. A grande tarefa da Maçonaria consiste no trabalho em grupo, com base no consenso determinado pela maioria e cumprido por todos disciplinarmente. A dispersão de forças e a indisciplina são as causas do enfraquecimento que traz, como conseqüência, a desmotivação.

“Rumos para a Maçonaria do Século XXI”, é uma proposta metodológica para operacionalizar a ação maçônica na sociedade. Trata-se de um projeto dinâmico e versátil que contempla as particularidades de cada Loja, uma vez que são os Irmãos do quadro da Loja, que definem e estabelecem os objetivos que irão nortear as suas ações estratégicas e operacionais como um todo. Do consenso do grupo será obtido o norte a ser seguido.

O
Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON HERMON