quinta-feira, 26 de março de 2009

A MISSÃO DO MAÇOM (*)

O cotidiano do homem moderno, carente de virtudes e amor afasta-o do BEM.

Os ingredientes para a triste trilha do materialismo e individualismo estão presentes no dia a dia dos homens, que, mergulhados nas paixões, não reconhecem os caminhos do crescimento espiritual e se colocam como multiplicadores dos conceitos que os transformam na materialização do vício e da ignorância.

O apelo da mídia para aspectos pouco relevantes e fomentadores de infelicidade, iludibria os incautos e
recheia de ilusões os espíritos pouco iluminados. Reforçam padrões de beleza que são exceções entre as pessoas, alimentando o sentimento de inferioridade dos comuns mortais perante ídolos televisivos lindos e quase perfeitos fisicamente. As revistas, ilusionismo pirotécnico, valorizam o material, o imediato, o improdutivo.
Ao lê-las temos a impressão de que nada existe além da superficial e até pueril abordagem de temas que não ilustram o espírito do homem ou valorizam fatos que reforçam os aspectos ligados à tolerância, fraternidade e caridade.

A carga de negatividade que se abate sobre o homem comum é enorme. Os noticiários, sadicamente, esmiuçam a mediocridade, usando a curiosidade mórbida da psiquê humana para preencherem todos os espaços do ser com o
amargo sabor da miserabilidade da vida. Repleto de informações negativas e cercado de maus exemplos.
É nesse terreno movediço que o cidadão
vagueia pelas metrópoles, vacinado contra a indignação e a revolta, sendo fácil presa do MAL. Devoto do egoísmo é a personalização da árvore que não dá bons frutos pois já foi plantada em terreno impróprio.
Apesar de apreciar a flor, não sabe dividir o fruto e preservar a raiz.

O homem maçom está nas ruas, como qualquer homem. Sofre as mesmas más influências. Vê, ouve e sente as mesmas tentações e convive com o mesmo desamor. Vive o mesmo risco de cometer erros por ilusórias demonstrações do que é a verdade.

Em nossa realidade global, os líderes fabricados, os ídolos forjados, ofuscam a verdadeira direção a seguir.

As decisões são difíceis e o perigo de erro de avaliação é iminente. Dentro da própria família (e até, pasmem! entre Irmãos Maçons) as armadilhas são armadas e pode o maçom ser aprisionado e inconscientemente lutar a favor do MAL.

A religiosidade transformada em fanatismo enreda os espíritos numa obscuridade temível.

A corrupção mina os comportamentos e as facilidades obtidas com ela se infiltram na política e nas relações entre as empresas. A cada passo o terreno é inseguro e pode ceder para o fundo do poço.

Não se afigura fácil a missão do maçom. O aprendido em loja muitas vezes não é plenamente utilizado na prática fora de loja. É necessário algo mais ao homem que cultiva os preceitos da moral e da virtude, para abrir trilhas por entre essa floresta de vícios.

Alguma força além do rotineiro; algo sublime que através da educação e esforço espiritual possa ajudar a dissipar dúvidas e encontrar a saída para a LUZ.

A mentalização constante dos ensinamentos da loja maçônica, numa autodisciplina ferrenha é a receita para não cairmos em desgraça iminente. Esse esforço para o autoconhecimento e a compreensão do que afeta o outro, pode nos levar à vitória.

Acertar sempre, o ideal inatingível, não foi feito para o homem atual.
Só a busca incessante da virtude em Loja e fora dela pode nos levar a aperfeiçoar nossa performance social, estendendo mãos de afeto e caridade, abrindo sorrisos de tolerância, abraçando irmãos necessitados.

Nada pode mudar na sociedade se não mudarmos o homem, o massacrado homem moderno.

O maçom deve emergir desse massacre, acreditar primeiro em si, reforçar suas convicções morais e semear mesmo em condições desfavoráveis, a justiça social, a fraternidade e a esperança.

Difícil missão da Maçonaria. Difícil e sublime missão que só é possível pela força, sabedoria e beleza oferecida sem nada cobrar, pelo SUPREMO ARQUITETO DO UNIVERSO.
T.`.F.`.A.`.

Hugo R. Pimentel
GRUPO MAÇÔNICO ORVALHO DO HERMON

terça-feira, 24 de março de 2009

MINHAS DÚVIDAS

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No momento difícil em que meus
pensamentos se confundirem ,
minhas mãos tremerem de hesitação
e o desespero arruinar a minha razão;
permita-me compreender-Te , Divino Mestre,
na origem de todas as minhas dúvidas!

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Grupo Maçônico Orvalho do Hermon
E-mail para entrar no Grupo:
orvalhodohermon-subscribe@yahoogrupos.com.br

sexta-feira, 20 de março de 2009

Você sabe o que é a "MAÇONARIA" ?


A Maçonaria

1. A Maçonaria é uma fraternidade iniciática que tem por fundamento tradicional a fé em Deus.

2. A Maçonaria refere-se aos " Antigos Deveres " da Fraternidade , especialmente quanto ao absoluto respeito das tradições específicas da Ordem , essenciais à regularidade da Jurisdição .

3. A Maçonaria é uma ordem , à qual não podem pertencer senão homens de boa conduta , que se comprometem a praticar um ideal de justiça, verdade e paz .

4. A Maçonaria visa ainda , o aperfeiçoamento moral dos seus membros , bem como , de toda a humanidade .

5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros a prática exata e escrupulosa dos ritos e do simbolismo , meios de acesso ao conhecimento pelas vias espirituais e iniciáticas que lhe são próprias .

6. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito das opiniões e crenças de cada um . Ela proíbe-lhes no seu seio toda a discussão ou controvérsia , política ou religiosa . Ela é ainda um centro permanente de união fraterna , onde reinam a tolerante e frutuosa harmonia entre os homens , que sem ela seriam estranhos uns aos outros .

7. Os Maçons tomam as suas obrigações sobre um volume da Lei Sagrada , a fim de dar ao juramento prestado por eles , o caráter solene e sagrado indispensável à sua perenidade .

8. Os Maçons juntam-se , nas Lojas onde estão sempre expostas as três grandes simbolos da Ordem : um volume da Lei Sagrada , um esquadro e um compasso, símbolos da retidão, para aí trabalhar com zelo e assiduidade e conforme os princípios e regras prescritas pela Constituição e os Regulamentos Gerais de Obediência .

9. Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maiores de idade , de ilibada reputação , gente de honra , leais e discretos , dignos em todos os níveis de serem bons Maçons, e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem e o infinito poder do Eterno .

10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor à Pátria , a submissão às leis e o respeito pelas autoridades constituídas .Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas.

11. Os Maçons contribuem pelo exemplo ativo do seu comportamento são , viril e digno , para irradiar da Ordem no respeito do segredo maçônico .

12. Os Maçons devem-se mutuamente , ajuda e proteção fraternal , mesmo no fim da sua vida . Praticam a arte de conservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio , indispensáveis a um perfeito controle de si próprio .

_Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON http://br.groups.yahoo.com/group/orvalhodohermon/

segunda-feira, 16 de março de 2009

Alegria do encontro de irmãos
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Breve comentário do Salmo 133 (132).
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Frei Carlos Mesters
_Primeira tradução _1 Vejam como é bom, como é agradável os irmãos viverem unidos!2 É como óleo perfumado sobre a cabeça, descendo pela barba, a barba de Aarão; descendo sobre a gola de suas vestes.3 É como o orvalho do Hermon, descendo sobre os montes de Sião. Pois é por aí que Javé manda a bênção e a vida para sempre!
Segunda tradução _1 Oi, que prazer, que alegria nosso encontro de irmãos!2 É como um banho perfumado, gostosa é nossa união.3 Sereno da madrugada, gostosa é nossa união. É vida que dura sempre, gostosa é nossa união.
Este é o penúltimo dos salmos de romaria. Os romeiros estão em Jerusalém, já entraram no templo. É festa! Nas romarias, uma das coisas que mais alegram o romeiro é se sentir acolhido como irmão ou irmã no meio de tanta gente.
O encontro é vivido como amostra do que se espera. Uma espécie de profecia viva. Talvez não ensine nada de novo, mas isso não é o mais importante da romaria.
O que importa é o que dizia um romeiro que participou de um encontro de comunidades de base: "Coisa nova não aprendi, mas enchi o tanque para o resto do ano!".

Apresentamos duas traduções. A primeira, com pequenas diferenças, é da Bíblia Pastoral. Tradução bonita e fiel. A outra, uma adaptação brasileira de Reginaldo Veloso. Através de canto e imagens, ela recria em nós a experiência que o salmo suscitava no povo daquele tempo.
O salmo tem um pensamento que se desenvolve em três partes: chama a atenção para a alegria da convivência fraterna dos romeiros no templo (v. 1), traz as comparações do óleo e do orvalho para expressar o significado dessa grande confraternização (v. 2 e 3a) e conclui que é através da união fraterna que a benção de Deus desce sobre a vida do povo (v. 3b).
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Oi, que prazer, que alegria!
Vejam como é bom, como é agradável os irmãos viverem unidos! (v. 1)
O salmo 133 canta a confraternização vivida em Jerusalém na festa da romaria. O povo passa o dia reunido na grande esplanada do templo.
Gente de todos os cantos do mundo, que mal se conhece, aqui se encontra como irmãos e irmãs da mesma família e vive a alegria profunda de estar unida na mesma fé.
É a fé em Javé que faz dessa gente uma grande família, um povo unido.
Essa união é uma amostra concreta do futuro que essa gente espera e pelo qual luta.
Bom e agradável são as palavras com que o salmo define o que se vive em Jerusalém no dia da festa.
Quem já participou de um encontro assim, entende a alegria imensa que aí se comunica e percebe a beleza da união que se transmite como Boa Notícia de Deus a todos.
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É como perfume! É como orvalho!
É como óleo perfumado sobre a cabeça, descendo pela barba de Aarão; descendo sobre a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermon, descendo sobre os montes de Sião (v. 2-3a).
Essas duas comparações, tiradas da vida, são como uma pedra que cai num lago: produzem círculos na imaginação criativa do povo que escuta e reza o salmo.

Óleo e perfume - O óleo era usado na alimentação e também amolecia os músculos para a luta. O óleo perfumado enchia a casa quando a visita chegava e enchia o templo em dias de festa.
É como quando o pessoal chega para a festa: roupa nova, banho tomado, vestido e corpo perfumados com água-de-cheiro.
O óleo era também usado para consagrar o sacerdote e o rei a serviço do povo de Deus.
O povo todo é visto como ungido, pois é comparado com o sacerdote Aarão, o irmão de Moisés.
O povo reunido no templo, celebrando os louvores de Javé, é um povo sacerdotal.
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Orvalho do Hermon - Na terra árida da Palestina, o orvalho é sinal de vida e garante, apesar da falta de chuva, uma boa colheita.
Naquele tempo, o povo pensava que o orvalho descesse de modo invisível dos cumes das montanhas para se espalhar pelas planícies.
O monte Hermon, alto e misterioso, coberto de neve eterna, situado na fronteira nordeste da Palestina, até hoje é fonte de vida para toda a região. Quando se produz o degelo, ele alimenta as fontes do rio Jordão, cujas águas vão descendo, irrigando a terra, trazendo benção e vida para o povo, pão para comer.
O Hermon é símbolo de fertilidade.
A grande confraternização dos romeiros vivida no templo durante a romaria é o orvalho do povo, o orvalho invisível do Hermon que cai sobre os romeiros, irrigando a vida, produzindo fertilidade e frutos para todos.
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Fonte de benção, vida para sempre!
Pois é por aí que Javé manda a benção e a vida para sempre! (v. 3)
A benção de Javé é muito concreta. Ela se manifesta na natureza, no óleo, no orvalho, nas chuvas, nas águas do Jordão que irrigam a terra.
Ela tem a ver com a fertilidade da terra e com a vida do povo.
Ela se manifesta nessa confraternização alegre e feliz das romarias.
Quando o povo vive unido, a benção de Deus desce.
Como diz o canto: "Onde o amor e a caridade, Deus aí está!".
O caminho para alcançar a benção de Deus e a vida para sempre é a união de todos em torno da fé em Javé, celebrada e vivida nos dias de romaria.
Quando todos se unem no templo, antecipam o futuro por alguns dias, numa intensa alegria.
"Nisso todos saberão que vocês são meus discípulos, se tiverem amor uns para com os outros" (Jo 13,35).

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Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON http://br.groups.yahoo.com/group/orvalhodohermon/

domingo, 15 de março de 2009

Mediocridade

"Nunca se acomode em alguma mediocridade, porque isso é um pecado contra a vida. Nunca peça que a vida não tenha riscos e nunca busque segurança, porque isso é buscar a morte."Muitas pessoas decidiram viver em terrenos planos, seguros, sem correr riscos. Elas nunca caem na profundidade e nunca se elevam às alturas. Sua vida é insípida, aborrecida, monótona - sem elevações, sem vales, sem noites, sem dias. Vivem em um mundo cinza, sem cor - o arco-íris não existe para elas. Vivem uma vida cinza e, aos poucos, também se tornam cinzas e medíocres.O maior dos perigos é alcançar os mais elevados cumes da divindade e cair nas maiores profundidades do inferno. Torne-se um destemido viajante entre esses dois. Aos poucos você compreenderá que existe uma transcendência; aos poucos você compreenderá que você não é o cume nem a profundidade, não é o cume nem o vale; aos poucos você saberá que você é o observador, a testemunha. Algo em sua mente vai para o cume, e algo em sua mente vai para o vale, mas algo além está sempre presente - apenas observando, apenas notando -, e esse é você.Ambas as polaridades estão em você, mas você não é nenhuma delas - você paira mais alto do que ambas. O terreno é alto e baixo, tanto o céu quanto o inferno estão presentes, mas você está em algum lugar distante dos dois. Você simplesmente observa todo o jogo, toda a atividade da consciência.

Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON http://br.groups.yahoo.com/group/orvalhodohermon/

"Só posso reconhecer como Irmão quem se comporta como tal..."

quinta-feira, 12 de março de 2009

MAÇONARIA







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A palavra Maçonaria, deriva do francês maçonnerie ou do inglês masonry que significa construção, assim todos os que pertencem à Maçonaria são Maçons (pedreiros). É com base nestes fundamentos, que os maçons afirmam trabalhar tal qual um pedreiro a desbastar a pedra bruta para lhe dar a forma apropriada, trabalho esse que tem como objetivo aperfeiçoá-los enquanto seres humanos. A origem da adoção desta palavra agrega uma série de interações, como por exemplo a seqüência que os pedreiros utilizavam para a passagem de conhecimento. Todo o mestre tinha na sua equipe os aprendizes (serventes) e aqueles que já com alguma experiência eram tidos como seus companheiros. Desta forma o conhecimento na construção, em especial das catedrais, era passado por graus, que a Maçonaria adaptou como os três graus simbólicos do conhecimento maçônico: Aprendiz, Companheiro e Mestre.
...Os ritos da maçonaria são destinados a transmitir a lembrança das lendas da iniciação e a conservá-la entre nossos irmãos, por meio de estudos herméticos distribuídos em seus 33 graus. A maçonaria é a gnose e cada grau da ordem possui uma palavra que lhe exprime a inteligência. Os Maçons tiveram os templários por modelos, os rosa-cruzes por pais e os joanitas por antepassados. Seu dogma é o de Zozoastro e de Hermes, sua regra é a iniciação progressiva, seu princípio a igualdade regulada pela hierarquia e a fraternidade universal; são os continuadores da escola de Alexandria, herdeiros de todas as iniciações antigas; são os depositários dos segredos do Apocalipse e do Zohar; o objeto de seu culto é a verdade representada pela luz; toleram todas as crenças e não professam senão uma só e mesma filosofia; não procuram senão a verdade, não ensinam senão a realidade e querem chamar progressivamente todas as inteligências à razão.
...O objetivo alegórico da maçonaria é a reconstrução do templo de Salomão; o fim real é a reconstituição da unidade social pela aliança da razão e da fé, e o restabelecimento da hierarquia, conforme a ciência e a virtude, com a iniciação e as provas por graus. Os verdadeiros maçons são pois os que persistem em querer construir o templo, segundo o plano de Hirain.
...A relação da passagem do conhecimento, daqueles que dominavam a simbologia e toda a temática esotérica que as catedrais e templos encerram, para com os obreiros, era feita de forma seletiva. Afinal muitos dos segredos da antigüidade eram dominados por aqueles que detinham a sabedoria e que tinham um grau mais elevado de cultura. Só alguns é que tinham acesso à informação, dificilmente o saber circulava entre outros níveis sociais que não fossem as ordens religiosas, ordens militares, arquitetos, escultores, pintores, nobres e até alguns burgueses.
...Uma Loja Maçônica é uma representação simbólica do Universo e suas leis, bem como da Hierarquia de Poderes que o dirige e governa. Na Maçonaria, com seu simbolismo caracteristicamente construtor, todos estão hierarquicamente empenhados na magna obra de Deus Criador, que maçonicamente corresponde ao Grande Arquiteto do Universo. Esta é a expressão de que se servem os Maçons para designar Deus, cujo verdadeiro nome é indizível e incomunicável.
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O que é a Maçonaria
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A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista. É filosófica porque em seus atos e cerimônias ELA trata da essência, propriedades e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura. É filantrópica porque não está constituída para obter lucro pessoal de nenhuma classe, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos destinam-se ao bem estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça. Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela tranquilidade da consciência.
...É progressista porque, partindo do princípio da imortalidade e da crença em um princípio criador regular e infinito, não se aferra a dogmas, prevenções ou superstições. E não põe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa senão o da razão com base na ciência. Os seus princípios são: A " Liberdade " dos indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles instituições, raças, nações; a " Igualdade " de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, raça ou nacionalidade; a " Fraternidade " de todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo CRIADOR e, portanto, humanos e, como consequência, a fraternidade entre as nações! ...O seu lema é: Ciência, Justiça e Trabalho. Ciência, para esclarecer os espíritos e os elevar; justiça, para equilibrar e enaltecer as reações humanas; Trabalho por meio do qual os homens se dignificam e se tornam independentes economicamente. Em uma palavra, a Maçonaria trabalha para o melhoramento intelectual, moral e social da humanidade. O seu objetivo é a investigação da verdade, o exame da moral e prática das virtudes.
....Moral é, para a Maçonaria, uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo da nossa alma, sentimos o triunfo da verdade e da justiça. A Maçonaria entende que virtude é a força de fazer o bem em seu mais amplo sentido; é o cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família sem interesse pessoal. Em resumo; a virtude não retrocede nem ante o sacrifício, nem mesmo ante a morte, quando se trata do cumprimento do dever.
...A Maçonaria entende por dever o respeito aos direitos dos indivíduos e da sociedade. Porém, não basta respeitar a propriedade apenas, também devemos proteger e servir os nossos semelhantes. A Maçonaria resume o dever dos homens assim: " Respeito a Deus, amor ao próximo e dedicação à família ". Em verdade, essa é a maior síntese da fraternidade universal. A Maçonaria é religiosa, porque reconhece a existência de um único princípio criador, regulador, absoluto, supremo e infinito ao qual se dá o nome de :
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"GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO"
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Porque é uma entidade espiritualista em contraposição ao predomínio do materialismo. Estes fatores, que são essenciais e indispensáveis para a interpretação verdadeiramente religiosa e lógica do UNIVERSO, formam a base de sustentação e as grandes diretrizes de toda a ideologia e atividade maçônica. Porém, a Maçonaria não é uma religião. É uma sociedade que tem por objetivo unir os homens entre si. União recíproca, no sentido mais amplo e elevado do termo.
...Não é necessário renunciar à religião a qual pertence para ser Maçom, porque a Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião, desde que acreditem em um só criador, O Grande Arquiteto do Universo, que é Deus. Geralmente existe essa crença entre os católicos, ilustres prelados têm pertencido à Ordem Maçônica; entre outros, o Cura Hidalgo, Paladino da Liberdade Mexicana; O Padre Calvo, fundador da Maçonaria na América Central; o Arcebispo da Venezuela, Dom Ramon Ignácio Mendez; Padre Diogo Antonio Feijó; Cônegos Luiz Vieira, José da Silva Oliveira Rolim da Inconfidência Mineira, Frei Miguelino, Frei Caneca e muitos outros.
...Além de religiosos, filósofos, como Voltaire, Goethe e Lessing; músicos como Beethoven, Haydn e Mozart; Militares, como Frederico, o Grande, Napoleão e Garibaldi; Poetas como Byron, Lamartine e Hugo; escritores, como Castellar, Mazzini e Espling. Os Libertadores da América foram todos maçons, Washington, nos Estados Unidos; Miranda, o padre da Liberdade sul-americana; San Martin e O'Higgins na Argentina; Bolívar, no Norte da América do Sul; Marti em Cuba; Benito Juares, no México e o Imperador D. Pedro I. Outros nomes de destaque, no Brasil, são: José Bonifácio, Gonçalves Lêdo, Luiz Alves de Lima e Silva ( Duque de Caxias ), Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Salles, Rodrigues Alves, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Washington Luiz, Rui Barbosa e muitos outros. ...A Maçonaria é eminentemente tolerante e exige dos seus membros a mais ampla tolerência. Respeita as opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecendo que todas as religiões e ideais políticos são igualmente respeitáveis e rechaça toda pretensão de outorgar situações de privilégio a qualquer uma delas em particular. A Maçonaria combate a ignorância, a superstição, o fanatismo. O orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação e os privilégios. ...A Maçonaria não é uma sociedade secreta, pela simples razão de que sua existência é amplamente conhecida. As autoridades de vários países concedem-lhe personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em dicionários, enciclopédias, livros de história etc. O único segredo que existe e não se conhece senão por meio do ingresso na instituição são os meios para se reconhecerem os maçons entre si, em qualquer parte do mundo, e o modo de interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos. Entre as principais obras da Maçonaria no Brasil , estão A Independência, a Abolição e a República. Isto para citar somente os três maiores feitos da nossa história, em que os maçons tomaram parte ativa. ...Para poder pertencer à Maçonaria é preciso; crer na existência de um princípio Criador; ser homem livre e de bons costumes; ser consciente de seus deveres para com a Pátria, seus semelhantes e consigo mesmo; ter uma profissão ou ofício lícito e honrado que lhe permita prover as suas necessidades pessoais e de sua família e a sustentação das obras da instituição. Em princípio, exige-se dos Maçons, tudo aquilo que se exige ao ingresso em qualquer outra instituição; respeito aos seus estatutos e regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que as regem; amor à Pátria, respeito aos governos legalmente constituídos; acatamento às leis do país em que se viva, etc. E em particular; a guarda do sigilo dos rituais maçônicos; conduta correta e digna dentro e fora da Maçonaria; a dedicação de parte do tempo para assistir às reuniões maçônicas; à pratica da moral, da igualdade e da solidariedade humana e da justiça em toda a sua plenitude. ...Ademais, proibem-se terminantemente dentro da instituição as discuções políticas e religiosas, porque se prefere uma ampla base de entendimento entre os homens a fim de evitar que sejam divididos por pequenas questões da vida civil.
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O TEMPLO MAÇÔNICO
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Um templo Maçônico, é um lugar onde se reúnem os maçons periodicamente para praticar as cerimônias ritualísticas que lhes são permitidas, em um ambiente fraternal e propício para concentrar sua atenção e esforços para melhorar seu caráter, sua vida espiritual e desenvolver seu sentimento de responsabilidade, fazendo-os meditar tranquilamente sobre a missão do homem na vida, recordando-lhes constantemente os valores eternos que lhes possibilitarão acercar-se da verdade. Sendo Maçom, obtém-se a possibilidade de se aperfeiçoar, de se instruir, de se disciplinar, de conviver com pessoas que, por suas palavras e por suas obras, podem constituir-se em exemplos; encontar afetos fraternais em qualquer lugar em que se esteja, dentro ou fora do país . Finalmente a enorme satisfação de haver contribuído, mesmo em pequena parcela, para a obra moral e grandiosa levada a efeito pelos homens. ...A Maçonaria não considera possível o progresso senão na base de respeito à personalidade, à justiça social e à mais estreita solidariedade entre os homens . Ostenta o Lema " Liberdade, Igualdade e Fraternidade " com abstenção das bandeiras políticas e religiosas. O segredo maçônico, que de má fé e caluniosamente, tem servido a seus inimigos para que possam fazê-la suspeita entre os espíritos cândidos ou em decadência, não é um dogma, senão um procedimento, uma garantia, uma defesa necessária e legítima. porém como inevitavelmente tem sucedido com todo direito e seu dever correlativo, o preceito das reservas maçônicas já tem experimentado sua evolução nos tempos e segundo os países. A Maçonaria não tem preconceito de poderes, nem admite em seu seio pessoa que não tenha um mínimo de cultura que lhe permita praticar os seus sentimentos e tenha uma profissão ou renda com que possa atender às necessidades dos seus familiares, fazer face às despesas da sociedade e socorro aos necessitados....O texto acima foi extraido do Livreto " O Que é a Maçonaria ", publicado pelo Grande Oriente de São Paulo. Que normalmente é entregue aos convidados à ingressar na Ordem, afim de que tenham um mínimo de esclarecimento para tomar tão importante decisão.
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Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON http://br.groups.yahoo.com/group/orvalhodohermon/

A fé e a razão

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Napoleão de Araujo
A encíclica do papa João Paulo II
“Fé inabalável só o é a que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade.” Kardec
O Papa João Paulo II, com certeza, é um espírito missionário que veio trazer grandes transformações no seio da Igreja Católica.
Temos admirado sua capacidade e determinação de levar aos mais distantes países do mundo a sua mensagem, dizendo muitas vezes coisas que incomodam os governantes mas que são necessárias do ponto de vista cristão.
Seu esforço para se dirigir aos povos que visita, em suas respectivas línguas, demonstra o respeito que tem pelas suas culturas.
Em agosto de 1999 o Papa surpreendeu o mundo ao declarar que, em suas reflexões, chegou à conclusão que o céu e o inferno não são locais predeterminados mas sim estados de consciência de cada pessoa.
Aliás, Frei Leonardo Boff já havia declarado em seu livro “Vida para além da morte” que: “Se eu pudesse, anunciaria essa novidade: o inferno é uma invenção dos padres para manter o povo sujeito a eles. É um instrumento de terror excogitado pelas religiões para garantirem seus privilégios e suas situações de força. ...O inferno é o endurecimento de uma pessoa no mal. É portanto um estado do homem e não um lugar para o qual o pecador é lançado onde há fogo, diabinhos com enormes garfos a assar os condenados sobre grelhas.”
No dia 14 de setembro de 1998 o Papa João Paulo II expediu a sua carta encíclica, denominada “Fé e Razão”, dirigida aos bispos da Igreja Católica.
Nesta encíclica vemos uma grande abertura para encarar as questões da filosofia e da ciência contemporâneas.
Já no preâmbulo da introdução ele afirma:
“A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de conhecer a ele, para que, conhecendo-o e amando-o, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio.”
Na introdução consta o sub-título “Conhece-te a ti mesmo”.
“... A recomendação conhece-te a ti mesmo estava esculpida no dintel do templo de Delfos, para testemunhar uma verdade basilar que deve ser assumida como regra mínima de todo homem que deseje distinguir-se, no meio da criação inteira, pela sua qualificação de “homem”, ou seja, enquanto “conhecedor de si mesmo”.
“Aliás, basta um simples olhar pela história antiga para ver com toda a clareza como surgiram simultaneamente, em diversas partes da terra animadas por culturas diferentes, as questões fundamentais que caracterizam o percurso da existência humana: Quem sou eu? De onde venho e para onde vou? Por que existe o mal? O que é que existirá depois desta vida? “ .... A Igreja não é alheia, nem poderia sê-lo, a esse caminho de pesquisa.”
Diga-se de passagem que é exatamente isto que o espiritismo esclarece de maneira clara e cristalina.
Lembra João Paulo II a importância da filosofia:
“Variados são os recursos que o homem possui para progredir no conhecimento da verdade, tornando assim cada vez mais humana a sua existência. De entre eles sobressai a filosofia, cujo contributo específico é colocar a questão do sentido da vida e esboçar a resposta: constitui, pois, uma das tarefas mais nobres da humanidade.”....
“A Igreja, por sua vez, não pode deixar de apreciar o esforço da razão na consecução de objetivos que tornem cada vez mais digna a existência pessoal. Na verdade, ela vê, na filosofia, o caminho para conhecer verdades fundamentais relativas à existência do homem. Ao mesmo tempo, considera a filosofia uma ajuda indispensável para aprofundar a compreensão da fé e comunicar a verdade do Evangelho a quantos não a conhecem ainda.”
Mais adiante: “....pela razão o homem alcança a verdade, porque, iluminado pela fé, descobre o sentido profundo de tudo e, particularmente, da própria existência.”
...“a verdade que nos vem da Revelação tem de ser, simultaneamente, compreendida pela luz da razão”.
Transcreve também uma afirmação de Santo Tomás de Aquino: “A luz da razão e a luz da fé provêm ambas de Deus, por isso não se podem contradizer entre si”.
Kardec em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo I, ítem 8 assevera: “A ciência e a religião são as duas alavancas da inteligência humana; uma revela as leis do mundo material e outra as leis do mundo moral; mas umas e outras, tendo o mesmo princípio que é Deus, não podem se contradizer;...”
João Paulo II realça muito bem como a filosofia teve diminuída a sua importância: “Por outro lado, é preciso não esquecer que, na cultura moderna, foi alterada a própria função da filosofia. De sabedoria e saber universal que era, foi-se progressivamente reduzindo a uma das muitas áreas do saber humano; mais, sob alguns dos seus aspectos, ficou reduzida a um papel completamente marginal.” ....“creio justificado o meu apelo veemente e incisivo para que a fé e a filosofia recuperem aquela unidade profunda que as torna capazes de serem coerentes com a sua natureza, no respeito da recíproca autonomia. Ao desassombro da fé deve corresponder a audácia da razão.”
Nas conclusões de sua encíclica João Paulo II dirige-se aos teólogos, aos filósofos e aos cientistas:
“Não posso concluir esta carta encíclica sem dirigir um último apelo, em primeiro lugar aos teólogos... exorto-os a recuperarem e a porem em evidência o melhor possível a dimensão metafísica da verdade, para desse modo entrarem num diálogo crítico e exigente quer com o pensamento filosófico contemporâneo, quer com toda a tradição filosófica, esteja esta em sintonia ou contradição com a palavra de Deus.” (grifo nosso)
“Aos filósofos e a quantos ensinam a filosofia, para que, na esteira duma tradição filosófica perenemente válida, tenham a coragem de recuperar as dimensões de autêntica sabedoria e de verdade, inclusive metafísica, do pensamento filosófico. ... De modo particular, quero encorajar os fiéis empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé.”
“Não posso, enfim, deixar de dirigir uma palavra também aos cientistas, que nos proporcionam, com as suas pesquisas, um conhecimento sempre maior do universo inteiro e da variedade extraordinariamente rica dos seus componentes, animados e inanimados, com suas complexas estruturas de átomos e moléculas. O caminho por eles realizado atingiu, especialmente neste século, metas que não cessam de nos maravilhar. Ao exprimir a minha admiração e o meu encorajamento a estes valorosos pioneiros da pesquisa científica, a quem a humanidade muito deve do seu progresso atual, sinto o dever de exortá-los a prosseguir nos seus esforços, permanecendo sempre naquele horizonte sapiencial em que aos resultados científicos e tecnológicos se unem os valores filosóficos e éticos, que são manifestação característica e imprescindível da pessoa humana.”
Com seus pronunciamentos, com seus atos, inclusive aquele em que ao visitar o seu agressor na prisão teve com ele uma conversa particular e com esta carta encíclica João Paulo II demonstra a natureza de seu espírito e de sua missão. E, apesar de manter os dogmas tradicionais da Igreja Católica, seus rituais e pompas, ainda assim, na minha opinião, sua missão pode ser comparada, levando em conta naturalmente as diferenças de época, à do próprio apóstolo Paulo, por suas inúmeras viagens, coragem ao assumir posturas cristãs e, mesmo com a sua saúde abalada, persistência na sua tarefa.
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Grupo Maçônico ORVALHO DO HERMON
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